12 Jogos Marcantes da Primeira Metade de 2025

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Parece que Clair Obscur: Expedition 33 gerou uma onda de popularidade tão grande que acabou ofuscando outros lançamentos incríveis que 2025 nos presenteou. No entanto, os primeiros cinco meses trouxeram muitos sucessos. Relembramos os melhores jogos: de RPGs hardcore e títulos japoneses a indies e joias narrativas — há algo para todos os gostos.

Sinceramente feliz por todos os fãs de grandes RPGs em primeira pessoa — este ano eles receberam três grandes lançamentos de uma vez. Tudo começou com Kingdom Come: Deliverance II. Este é um RPG histórico que mergulha na Boêmia do século XV, onde você, Henry de Skalitz, um simples rapaz, se vê envolvido em uma guerra civil. O sistema de combate aprimorado exige precisão: golpes, bloqueios e combos dependem da leitura do oponente, e não de ataques caóticos. As missões oferecem liberdade: resolva problemas através da diplomacia, furtividade ou combate, cada decisão muda o mundo. A cidade detalhada de Kuttenberg ganha vida graças aos NPCs com suas rotinas diárias. O realismo complica o jogo: comida estraga, armaduras se desgastam e o descanso é obrigatório. Alquimia e criação de itens simplificadas adicionam profundidade, mas bugs de textura e um alto limiar de entrada podem afastar novatos. No entanto, vendas e críticas confirmam o sucesso. É um título essencial para fãs de RPGs hardcore dispostos a desafios.

Avowed, da Obsidian, não é uma revolução nem um fracasso, mas um RPG sólido feito por quem sabe o que faz. O mundo convida à exploração não por marcadores no mapa, mas pela curiosidade. O sistema de combate é vibrante, flexível e encoraja a experimentação: já na metade da jogatina, vale a pena tentar mudar seu estilo de jogo para sentir a profundidade das mecânicas. Onde mais você pode ser um mago com pistolas? O enredo e os personagens podem parecer um pouco simples — não cativam tanto, especialmente em comparação com Pillars of Eternity. Mas a sensação geral é de um jogo `honesto`: sem excesso de pompa, com design bem pensado, ritmo confortável e consciência de seus limites. Avowed não almeja a imersão de Kingdom Come, mas também não tenta ser algo que não é. E o lançamento no Game Pass é uma ótima oportunidade para dar uma chance a ele.

The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered — é o retorno triunfante do RPG cult de 2006, que desde os primeiros minutos imerge você no mundo renovado de Cyrodiil. É um jogo `velho` no bom sentido e a única fantasia cavalheiresca de qualidade no gênero. Além das melhorias gráficas e um novo motor, o jogo recebeu pequenas alterações na jogabilidade, mas, de resto, é o mesmo Oblivion de 19 anos atrás. Portanto, em alguns pontos é arcaico, com um balanceamento ruim e um mundo compacto pelos padrões modernos. Mas ainda é mais do que capaz de proporcionar dezenas de horas maravilhosas de exploração, batalhas contra monstros fantásticos e o salvamento do Império. O online frenético e as primeiras posições no ranking de popularidade indicam que o antigo RPG conseguiu cativar muitos jogadores e fazê-los fechar os Portões de Oblivion com prazer.

Ninja Gaiden 2 Black é provavelmente o melhor slasher deste ano (e por enquanto, o único). Tudo dentro da clássica fórmula do gênero: combos longuíssimos, hordas de inimigos, mar de sangue e jogabilidade hardcore. Ryu Hayabusa, mestre ninja, corre por vilarejos em chamas e selvas para recuperar uma estatueta roubada e deter o Arquidemônio, massacrando no caminho um pequeno exército de mercenários e demônios. A mecânica de desmembramento adiciona espetáculo, e no Unreal Engine 5 o jogo parece cem vezes melhor que seus predecessores. Apenas isso não o torna novo. Comparado ao original de 2008, o jogo ficou mais cinematográfico e bonito, mas a jogabilidade permaneceu a mesma: nos intervalos entre combates frenéticos, você terá que aturar platforming infernal, backtracking chato e uma trilha sonora esquecível. Além disso, as animações de alguns inimigos parecem extremamente cômicas. Mas ainda assim é um dos melhores representantes do gênero, especialmente agora, quando os slashers praticamente desapareceram.

Assassin’s Creed Shadows — um lançamento muito importante para a Ubisoft, que deveria ter decidido o destino do estúdio. Após anos de experimentos malsucedidos, a série parece ter voltado às raízes: o foco está novamente na furtividade, discrição e exploração atenta do mundo. Os heróis finalmente se comportam como verdadeiros assassinos: observam, procuram, analisam. Ao mesmo tempo, há aqui Yasuke — o samurai negro, que aproximou o jogo da trilogia de fantasia e se tornou o principal ponto de discórdia para fãs e críticos. Conclui-se que Shadows é um passo cuidadoso de volta às origens da série, tentando equilibrar o clássico com a trilogia moderna. A Ubisoft continua a criar alguns dos mundos abertos mais bonitos da indústria, mas esquece de preenchê-los com conteúdo digno. Shadows não é uma revolução, mas é um passo honesto adiante: simplesmente um bom jogo de assassinos. E, talvez, para os fãs, isso já seja bastante.

Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii — um spin-off incomum que envia o carismático e excêntrico Goro Majima para uma aventura pirata — com amnésia, tesouros e um toque de absurdo. A história começa em uma ilha deserta e se transforma em um empolgante road movie pelos trópicos, onde o drama sério coexiste inesperadamente com o humor característico e as excentricidades de Majima. A relação com o jovem companheiro Noah adiciona profundidade emocional à trama, e a abundância de referências a jogos anteriores da série agradará aos fãs. Em termos de jogabilidade, o jogo retorna às boas e velhas lutas em tempo real com dois estilos de combate: o caótico e espetacular Mad Dog e o pirata Sea Dog. A novidade — as batalhas navais — perde o frescor rapidamente, enquanto os combates em terra parecem especialmente espetaculares. De resto, tudo segue os cânones da série: mini-jogos, missões secundárias absurdas e, claro, karaokê.

South of Midnight — é um action vibrante da Compulsion Games, inspirado no folclore do Sul dos Estados Unidos. Você joga como Hazel, uma `tecelã` que usa magia para lutar contra criaturas míticas como crocodilos gigantes. A jogabilidade combina combates simples com acrobacias e feitiços, embora o sistema de combate possa parecer monótono antes de desbloquear novas habilidades. O enredo linear leva por pântanos e florestas que ganham vida graças à estética stop-motion e uma trilha sonora com blues e gospel. Visualmente, o jogo é um dos lançamentos mais bonitos de 2025. Disponível no Game Pass, ele atrai por sua história sólida e atmosfera única, embora alguns critiquem os combates repetitivos e a presença da Sweet Baby Inc nos créditos, mas estes são receios infundados. Jogue, este título merece mais atenção — um platformer simples, incrivelmente bonito e com uma estética única pode se tornar um dos principais lançamentos AA deste ano.

Monster Hunter Wilds — é um salto grandioso para a série, que desde os primeiros minutos mergulha você em um mundo dinâmico de monstros enormes. No papel de um caçador da Guilda, você explora as Terras Proibidas, onde o ecossistema ganha vida graças à mudança de estações e a violentos cataclismos climáticos. O sistema de combate alcançou novas alturas: 14 tipos de armas, de martelos a arcos, são enriquecidos com novas mecânicas, como ataques precisos nos pontos fracos dos monstros. O arsenal duplo e a montaria permitem mudar de tática instantaneamente, e o ambiente interativo — derrubar rochas ou atrair inimigos para armadilhas. Comparado a Monster Hunter: World, o novo Wilds se tornou mais acessível: interfaces simplificadas, cura automática e um mundo aberto contínuo removem barreiras desnecessárias. A história sobre o menino Nate e o misterioso Fantasma Branco surpreende pela profundidade, embora o excesso de cutscenes possa cansar. Novos monstros impressionam pelo design e complexidade tática. Apesar das críticas por menor dificuldade e falhas técnicas no PC, Wilds é uma aventura cinematográfica, onde cada caçada é um confronto épico.

Split Fiction — mais um acerto em cheio de Josef Fares e da Hazelight. Esta aventura cooperativa é igualmente adequada para quaisquer duplas: amigos, casais, irmãos ou pais com filhos. Split Fiction cativa desde os primeiros minutos — é vibrante, espetacular e visualmente atraente, e graças ao cross-platform e a um sistema conveniente de convites, é fácil atrair até mesmo quem não está familiarizado com jogos. Split Fiction combina habilmente simplicidade e profundidade: o enredo é tocante, mas não sobrecarregado, as cutscenes não atrapalham a comunicação, e os quebra-cabeças são projetados para fazer você se sentir inteligente, sem se tornarem tarefas impossíveis. Em comparação com projetos anteriores do estúdio, o jogo se tornou mais ambicioso e cinematográfico — mais próximo do espírito de Uncharted. Mesmo uma queda temporária de ritmo no meio não estraga a impressão. Uma escolha ideal para jogar junto e o melhor jogo cooperativo depois de It Takes Two.

Um lançamento discreto que, no entanto, não deve ser ignorado. Wanderstop, da Annapurna Interactive, é um jogo narrativo aconchegante onde você gerencia uma loja de chá em um mundo de conto de fadas. A protagonista Alta, uma ex-guerreira, busca paz preparando chás e interagindo com visitantes pitorescos. A jogabilidade se baseia em mini-jogos: você mistura ingredientes, escolhendo receitas que combinem com o humor dos clientes. Cada bebida revela o passado de Alta e sua luta contra demônios internos. Mas há um detalhe: o jogo foi criado por Davey Wreden — o principal metanarrador da indústria de jogos. E embora Wanderstop não tenha a mesma brincadeira com a narrativa de The Stanley Parable ou The Beginner’s Guide, ele também contém uma grande camada dos bastidores do desenvolvedor e consegue refletir sobre o lugar do criador, o amor do público e as dificuldades do mercado de videogames.

Blue Prince — é um jogo de quebra-cabeça único com elementos de roguelike que cativa desde os primeiros minutos. Você herda uma mansão misteriosa, e seu objetivo é encontrar o mítico 46º quarto. A cada dia, a disposição da casa muda, e você escolhe o que estará atrás da próxima porta, a partir de cartas aleatórias. Cada quarto é um quebra-cabeça com segredos, itens e pistas que podem ser usados para avançar. A jogabilidade se baseia no planejamento estratégico: um número limitado de passos força você a pensar quais portas abrir e quais recursos pegar. Depois de algumas horas, você pode descobrir que o elemento de aleatoriedade começa a cansar. Pode parecer que você já viu tudo, e o objetivo final não pode ser alcançado porque o random quer o contrário. Mas tenha um pouco de paciência, e você descobrirá meta-quebra-cabeças que exigem posicionar um quarto ao lado do outro, resolver um quebra-cabeça em cada um para desvendar um quebra-cabeça maior, depois um ainda maior, e então perceber que isso é apenas o começo. GOTY entre os jogos de quebra-cabeça.

Lost Records: Bloom & Rage — o retorno da DON’T NOD ao que ela faz de melhor: histórias de amadurecimento tranquilas e melancólicas. E embora o jogo seja anunciado como algo novo, na verdade é um sucessor espiritual do primeiro Life is Strange — com sua atmosfera de `verão eterno antes da tempestade`, juventude pungente e nostalgia musical. Os jogadores vivem alguns dias no papel de Swann, uma estudante de 16 anos, tímida, com uma câmera de vídeo e um olhar atento para o mundo. Quase não há nada de novo aqui: em vez disso — caminhada, sofrimentos adolescentes, a atmosfera de `último verão` e momentos memoráveis. A principal mecânica do jogo, que também é a única novidade, é a gravação com a câmera de Swann. Somos permitidos a observar o mundo, filmar e depois montar a partir disso uma memória vívida. Por alguma razão, também adicionaram misticismo e saltos entre passado e presente, mas não se deve focar muito nisso: esta história não é sobre eventos, mas sobre pessoas e sentimentos.

Gabriel Neves dos Santos

Gabriel Neves dos Santos, 34 anos, é um repórter veterano da cena de eSports em Curitiba. Com background em programação, ele traz uma perspectiva única para suas análises sobre Dota 2 e Valorant. Conhecido por suas investigações aprofundadas sobre contratos e transferências de jogadores profissionais, ele se destaca por revelar histórias exclusivas do cenário.

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