A Arte do Gank, Segundo Dyrachyo: A Lição Inesperada Para Bzm na Tundra Esports

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No cenário competitivo de Dota 2, a evolução estratégica dos jogadores é um processo contínuo, muitas vezes moldado pela experiência e, crucialmente, pelas interações dentro da própria equipe. Recentemente, Anton “dyrachyo” Shkredov, jogador profissional, compartilhou uma dessas lembranças formativas, destacando um ensinamento particular que deu a seu ex-companheiro de Tundra Esports, Bozhidar “bzm” Bogdanov.

A anedota remonta aos primeiros dias de bzm na equipe, quando a dinâmica de jogo ainda estava sendo ajustada. Dyrachyo, observando o colega, notou um padrão que, embora comum entre jogadores menos experientes, era surpreendente em um profissional: a tentativa de ganks sem a devida preparação da lane.

“Eu disse a ele: `Bzm, meu caro [uma adaptação livre da expressão original, que soa mais familiar em russo], se você está indo para um gank com seu Invoker, mesmo que seja o build Quas-Wex, você *tem* que `puxar` a leva de creeps primeiro. Você é obrigado a dar `push` na wave e só então ir para o gank`. Ele simplesmente não sabia disso”, relatou Dyrachyo.

A explicação para a insistência de dyrachyo é pura lógica de Dota 2: deixar seus creeps batendo na torre inimiga enquanto você tenta um gank em outra parte do mapa é, na melhor das hipóteses, ineficiente e, na pior, autodestrutivo. A torre destrói rapidamente seus creeps, negando ouro e experiência para sua equipe na lane, além de potencialmente dar vantagem de experiência para o herói inimigo. Pior ainda, a ausência do midlaner (no caso, bzm) torna a torre vulnerável a ser levada, especialmente se o oponente for atento. Tentar um gank nessas condições, sem a segurança de que sua lane está estável ou avançada, frequentemente resulta em tempo perdido, sem encontrar o alvo, e voltando para uma lane em desvantagem.

“Pensem nisso: os creeps dele atacando a torre, e ele simplesmente sai para gankar, não encontra ninguém, e fica, sabe, chocado, `tiltado`. É natural que você não encontre ninguém [nessa situação]”, comentou dyrachyo, com um leve tom de quem viu essa cena se repetir.

A lição de dyrachyo a bzm é um princípio fundamental do controle de mapa no Dota 2: a preparação da lane state (o estado da lane, ou seja, onde os creeps estão, quem tem vantagem, etc.) antes de rotacionar para outras partes do mapa. Um “push” bem executado garante que a torre inimiga esteja sob pressão ou que a wave inimiga esteja recuada, dando ao jogador que rotaciona mais tempo para impactar o mapa sem perder recursos valiosos em sua lane original.

É fascinante observar como até mesmo jogadores de elite precisam, por vezes, reforçar ou aprender conceitos básicos que são cruciais para a consistência e o sucesso em alto nível. A história de dyrachyo e bzm serve como um lembrete de que a maestria no Dota 2 envolve não apenas mecânicas individuais espetaculares, mas também uma profunda compreensão da estratégia e do macro jogo, lições que podem vir de qualquer lugar, até mesmo de um companheiro de equipe atento nos primeiros dias juntos.

Gabriel Neves dos Santos

Gabriel Neves dos Santos, 34 anos, é um repórter veterano da cena de eSports em Curitiba. Com background em programação, ele traz uma perspectiva única para suas análises sobre Dota 2 e Valorant. Conhecido por suas investigações aprofundadas sobre contratos e transferências de jogadores profissionais, ele se destaca por revelar histórias exclusivas do cenário.

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