A comunidade de **Destiny 2** tem um histórico de ser perita em desvendar mistérios e decifrar sussurros de lore deixados pela **Bungie**. Para aqueles que acompanham o universo de Guardiões e a sua eterna batalha contra as trevas, um nome em particular tem ecoado nas discussões há mais de uma década: **Velha Chicago**. Uma cidade lendária, mencionada em segredos e artes conceituais desde antes do lançamento do primeiro *Destiny*, e que agora, parece mais próxima do que nunca de se tornar uma realidade no jogo. A mais recente expansão, *Edge of Fate*, não apenas joga migalhas de pão, mas sim um banquete inteiro de evidências que apontam para a Cidade dos Ventos como o nosso próximo grande palco de combate.
Por anos, a ideia de pisar nas ruínas da Velha Chicago permaneceu um sonho distante. No entanto, *Edge of Fate* inicia a conversão dessa especulação em quase uma certeza. Logo no início da narrativa, Lodi, o novo e enigmático personagem da expansão, oferece uma visão intrigante do futuro. Ele descreve-se ao lado do Guardião, o jogador, nas margens do Lago Michigan – uma clara alusão à localização de Chicago. Se isso não fosse pista suficiente, a presença dominante de um metrô elevado que quase atropela Ikora Rey numa cutscene de abertura é, no mínimo, sugestiva.
Esse “cavalo de ferro” futurista, que parece ter viajado no tempo, torna-se um elemento visual central em *Edge of Fate*, aparecendo como ponto de conexão entre diferentes áreas no novo local de Kepler. Mas a ironia está nos detalhes: uma observação mais atenta na arte principal da expansão revela o destino do trem impresso acima da porta: “Ravenswood”. Para quem não é familiarizado com a geografia americana, Ravenswood é um bairro real no norte de Chicago. Subtileza, Bungie? Quase não notamos.
E para selar de vez qualquer dúvida que pudesse restar na mente do Guardião mais cético, a própria Ikora Rey, em um dos momentos finais da campanha, entrega a frase de ouro:
“Talvez em breve iremos a Chicago.”
Não há mais espaço para interpretação. Os sussurros se tornaram um grito explícito, pondo fim a uma espera que se estende por quase 12 anos.
A chegada da Velha Chicago seria um marco significativo para *Destiny 2*. Atualmente, as localizações na Terra dentro do jogo, como a Zona Morta Europeia (EDZ) e o Cosmódromo, são criadas especificamente para o universo de *Destiny*, sem referências diretas a cidades reais. Chicago, em contrapartida, é um local reconhecível do nosso próprio mundo. Ver essa metrópole icônica em seu estado pós-apocalíptico, centenas de anos após a devastação da Luz e da Escuridão, ofereceria uma experiência visual e narrativa única. Como a Bungie reinventaria os marcos da cidade, transformando-os em cenários de batalha e exploração, é uma questão que aguça a curiosidade de todos.
Além disso, a expansão *Edge of Fate* insinua que Chicago pode ter um papel crucial no desenvolvimento da história de *Destiny 2*. Cutscenes nos levam de volta a uma Terra dos anos 1960, revelando uma paisagem urbana distante que, suspeita-se, seja a própria Chicago. Esta cidade é também o aparente quartel-general do Departamento de Observação Externa (DEO), uma agência governamental do passado focada no contato alienígena, que desempenha um papel significativo na expansão. Se Chicago for realmente o próximo destino, parece inevitável que o DEO e seus mistérios também sejam explorados.
Em resumo, o que antes era mera especulação da comunidade, agora se solidifica com uma avalanche de evidências. *Edge of Fate* parece ser o prelúdio definitivo para a tão sonhada visita à Velha Chicago. Após mais de uma década de mistério e antecipação, os Guardiões podem finalmente se preparar para explorar as ruínas da cidade que, mesmo em seu estado desolado, promete ser um dos locais mais fascinantes e imersivos que o universo de *Destiny* já viu. Preparem-se, Guardiões. Chicago está chamando.