A Dança Polêmica: Fortnite Desativa Emote de John Cena Após Reviravolta Chocante em Peacemaker 2

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No universo dinâmico e muitas vezes imprevisível dos videogames e da cultura pop, os crossovers são uma moeda corrente. No entanto, o que acontece quando uma colaboração aparentemente inofensiva se depara com uma reviravolta narrativa que a transforma em algo profundamente problemático? Foi exatamente isso que ocorreu com o popular jogo Fortnite e o emote “Peaceful Hips”, que trazia a icônica dança do personagem Peacemaker, interpretado pelo astro da WWE e do cinema, John Cena.

A Origem da Dança: Uma Hilária Excentricidade

Para quem acompanhou a segunda temporada da série Peacemaker, criada por James Gunn para a DC, a dança em questão é inconfundível. Trata-se de uma coreografia peculiar e um tanto desajeitada que John Cena executa na abertura dos episódios, movimentando os quadris e formando um “L” alternado com os braços. A ideia original era ser um elemento cômico, um contraste irônico com a personalidade muitas vezes violenta e séria do personagem. Em Fortnite, essa dança foi replicada no emote “Peaceful Hips”, permitindo que os jogadores incorporassem um pedaço dessa excentricidade no campo de batalha.

A Reviravolta que Ninguém Esperava: Spoilers de Peacemaker S2, E6

Atenção: A seguir, revelações importantes sobre a trama do episódio 6 da segunda temporada de Peacemaker.

A situação tomou um rumo drástico com a exibição do sexto episódio da segunda temporada de Peacemaker, intitulado “Ignorance Is Chris”. Nele, o protagonista se depara com uma realidade chocante: a dimensão alternativa que ele tanto apreciava não é senão uma América Nazista. Neste cenário distorcido, o país é um estado anglo-saxão puro, habitado exclusivamente por pessoas brancas, e as estrelas da bandeira americana foram substituídas por suásticas. E aqui reside o cerne do problema:

Foi neste contexto sombrio que a dança de Peacemaker ganhou uma nova e perturbadora interpretação. Os “L” alternados que o personagem forma com os braços, antes vistos como um gesto inocente de comédia, passaram a ser percebidos por muitos fãs como uma representação estilizada da própria suástica. A internet, como de costume, não perdoou. Fãs rapidamente apontaram a associação no X (antigo Twitter), gerando um burburinho considerável.

A Resposta da Epic Games: Investigação e Reembolso

Diante da repercussão e da gravidade da associação, a Epic Games, desenvolvedora de Fortnite, agiu com notável velocidade e seriedade. Em 28 de setembro, a empresa anunciou no X a desativação do emote:

“Estamos desativando o Emote Peaceful Hips em Fortnite enquanto investigamos as intenções criativas de nosso parceiro nesta colaboração. Assumindo que ele não retornará, emitiremos reembolsos nos próximos dias. Sentimos muito, pessoal.”

A Epic deixou claro seu posicionamento ao suspender o emote, prometendo reembolsar os jogadores que o adquiriram. Essa medida demonstra a sensibilidade da empresa em evitar qualquer associação, mesmo que indireta e não intencional, com símbolos de ódio e ideologias extremistas.

O Silêncio de James Gunn e as Implicações de um Crossover

Curiosamente, James Gunn, o showrunner de Peacemaker, que havia promovido a colaboração entre a série e Fortnite em 13 de setembro, permaneceu em silêncio público sobre a desativação do emote até o momento. Dada a sua notória atividade nas redes sociais, a ausência de um comentário levantou algumas sobrancelhas, mas não diminuiu a determinação da Epic em lidar com a situação de forma proativa.

Este incidente serve como um lembrete vívido da complexidade dos crossovers na cultura pop e da velocidade com que as narrativas podem ser reinterpretadas, especialmente em um ambiente digital globalizado. Uma dança que era pura comédia pode, em um piscar de olhos e com uma reviravolta de roteiro, transformar-se em um foco de controvérsia.

Para os jogadores de Fortnite, a situação se resolve com um reembolso. Para a Epic Games, fica a lição sobre a necessidade de uma vigilância constante sobre as implicações mais amplas do conteúdo que incorpora. E para Peacemaker, bem, talvez seja melhor manter as danças de abertura um pouco mais… pacíficas e menos suscetíveis a interpretações infelizes. Afinal, a ironia é boa, mas o nazismo, definitivamente, não é.

Lucas Meireles

Lucas Meireles, 26 anos, atua como jornalista especializado em eSports no Recife. Focado principalmente na cobertura de Free Fire e Mobile Legends, ele se destaca por suas análises táticas e entrevistas com jogadores emergentes. Começou sua carreira em um blog pessoal e hoje é reconhecido por sua cobertura detalhada de torneios mobile.

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