A Ferro e Fogo: Paper Rex e DRX Conquistam Sobrevivência nos Playoffs do VALORANT Champions 2025, MIBR se Despede

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A tensão era palpável, as esperanças em jogo. Os Playoffs do VALORANT Champions 2025 entregaram mais um dia de emoções à flor da pele, com partidas eliminatórias que definiram o futuro de quatro equipes. Em confrontos eletrizantes, as organizações Paper Rex (PRX) e DRX, ambas da região Pacífico, conseguiram superar seus adversários e garantir a permanência no torneio. No entanto, a jornada de Team Heretics e da equipe brasileira MIBR chegou ao fim, para a tristeza de seus torcedores.

Este dia crucial não apenas consolidou a força da região Pacífico, mas também nos lembrou da natureza implacável do VALORANT de alto nível, onde cada round e cada decisão podem mudar o destino de uma equipe.

Paper Rex: O Trem Pacífico que Ninguém Conseguiu Parar

Paper Rex no VALORANT Champions 2025

Créditos da imagem: Colin Young-Wolff/Riot Games

O Paper Rex, campeão da Stage 2 do Pacífico, entrou no servidor com a missão de manter vivo o sonho do título. Seu adversário, o Team Heretics da VCT EMEA, apresentou uma resistência admirável, mas não foi páreo para a resiliência e a agressividade calculada da equipe asiática. A série terminou em 2 a 1 para o PRX, um placar que, embora apertado, refletiu o controle que a equipe conseguiu impor nos momentos cruciais.

A primeira batalha se deu na Ascent. Os Heretics, com sua composição de dois duelistas, tentaram surpreender o PRX, que optou por uma Sage/Vyse. Após um início desfavorável, onde o PRX perdeu um round bônus e viu os Heretics “snowballar” (ganhar momentum rapidamente), a equipe do Pacífico se recuperou. Com mudanças estratégicas na defesa de Vyse e âncoras de site eficazes, o PRX conseguiu virar o jogo. A grande surpresa veio no lado de ataque, onde a equipe, com uma composição de sentinelas, orquestrou um “masterclass” de chamadas no meio do round, conquistando a vitória por 13 a 11.

O jogador Khalish ‘d4v41’ Rusyaidee foi um pilar para o PRX, com chamadas rápidas e vitórias em duelos de mira que fizeram a diferença. Na Haven, o PRX começou bem, garantindo o pistol e o round bônus na defesa, o que permitiu a Ilia ‘something’ Petrov comprar uma Operator letal. Apesar disso, os Heretics, com dois “thrifties” (rounds ganhos com menos economia) e fortes entradas em B, fecharam o lado de ataque com um respeitável 5 a 7.

MiniBoo e Boo do Team Heretics

MiniBoo (esquerda) e Boo (direita) do Team Heretics. Créditos da imagem: Adela Sznajder/Riot Games

No lado de ataque dos Heretics, a equipe espanhola parecia engrenar após vencer o segundo pistol, mas o PRX mostrava uma capacidade explosiva de entrada nos sites. Contudo, outro “thrifty” vital mudou o ímpeto, permitindo aos Heretics estabilizar e lutar de volta, empatando a série com um 13 a 9.

A decisão veio na Lotus, um mapa onde o PRX tinha um histórico recente de doze rounds de ataque perdidos contra a Fnatic. O início parecia um replay amargo, mas, após um rápido timeout, o time do Pacífico se reajustou, superando sua indecisão inicial e atropelando a defesa adversária. Os Heretics tentaram a mesma tática, mas não conseguiram conter o impacto massivo de d4v4i. A defesa dos Heretics parecia despreparada para a agressão característica do PRX, que, ironicamente, garantiu sua própria sequência de doze rounds vitoriosos, fechando o mapa por 13 a 4 e a série por 2 a 1. Uma virada de chave impressionante, mostrando que o passado é apenas uma referência, não uma sentença.

DRX Luta e Supera MIBR em Duelo de “Cavalos Negros”

DRX no VALORANT Champions 2025

Créditos da imagem: Colin Young-Wolff/Riot Games

A segunda série de eliminação do dia colocou frente a frente dois “cavalos negros” do torneio: o DRX da região Pacífico e a equipe brasileira MIBR. Apesar de um começo lento, o DRX conseguiu a sobrevivência em uma série disputadíssima que terminou em 2 a 1. Para o MIBR, a derrota significou o fim da jornada, mas não sem antes deixar uma impressão de bravura e talento.

Com o DRX banindo Corrode, o MIBR teve a oportunidade de escolher a Sunset, um mapa que era previamente um “perma-ban” do seu adversário. A estratégia, inicialmente, parecia uma armadilha para o MIBR. O DRX exibiu uma coordenação defensiva impecável na Sunset, neutralizando a maioria das investidas em A/B do MIBR. Mesmo os ajustes macro do time brasileiro não foram suficientes contra a performance de No ‘freeing’ Ha-jun e Cho ‘Flashback’ Min-hyuk, que desmantelaram seus inimigos. O DRX conquistou nove rounds na defesa, incluindo o pistol.

No entanto, a “maldição do 9 a 3” (onde a equipe que lidera por 9 a 3 na primeira metade muitas vezes perde o mapa) parecia querer se manifestar. O MIBR, com uma defesa quase impecável, viu o DRX perder o rumo em suas estratégias de ataque unidimensionais. Erick ‘aspas’ Santos, com sua Operator letal, foi o carrasco. O time do Pacífico venceu apenas um round no ataque, cedendo a Sunset por 10 a 13. Um lembrete cruel de que no VALORANT, liderar não é o suficiente; é preciso finalizar.

Na Ascent, aspas continuou a ser uma ameaça constante com seu rifle de precisão na defesa. A Vyse do MIBR manteve um controle passivo do meio, permitindo empilhamento de sites. Apesar de seus esforços, o MIBR não conseguiu conter muitas execuções em A do DRX. Após um round “thrifty” decisivo, a equipe coreana ciclou seus ultimates com eficiência para garantir sete rounds de ataque. Na defesa, o DRX controlou a informação, dificultando os ajustes de ataque do MIBR. Foi preciso um quadra kill espetacular de aspas para forçar a prorrogação. No final, o DRX prevaleceu por 15 a 13, com jogadas heroicas e a capacidade de superar dois pistols ganhos pelo MIBR na prorrogação.

Diferente do MIBR, o DRX conseguiu converter sua dupla vitória de pistol em uma vitória no mapa final, Bind. A primeira metade do mapa foi um jogo de “esconde-esconde” depois que Flashback do DRX adquiriu uma Operator na defesa. Enquanto o jogador de Yoru adorava segurar espaço profundo no mapa, o MIBR tentava punir o DRX em seus avanços reativos nas extremidades. Após um empate de 6 a 6 na metade, o DRX assumiu o controle firme do jogo. O elenco coreano capitalizou o espaço livre nos A-showers para iniciar um “snowball”. Além disso, o IGL (líder dentro do jogo) Kim ‘MaKo’ Myeong-kwan jogou com confiança nas situações pós-plant. Uma jogada heroica de aspas e alguns ultimates mal utilizados do DRX apenas adiaram o inevitável, com o DRX fechando o mapa por 13 a 10.

O VALORANT Champions Continua: Próximos Confrontos Finais

Com as despedidas de Team Heretics e MIBR, apenas DRX e Paper Rex permanecem na chave inferior dos Playoffs por enquanto. Estas duas potências do Pacífico se enfrentarão em uma luta pela sobrevivência na Semifinal da Chave Inferior na próxima sexta-feira, 3 de outubro.

Contudo, a ação de sexta-feira começa mais cedo, com a aguardada Final da Chave Superior entre a Fnatic da EMEA e a equipe das Américas, NRG. O vencedor deste confronto garantirá sua vaga na Grande Final em 5 de outubro. O perdedor, por sua vez, terá uma segunda chance na Final da Chave Inferior, em 4 de outubro, onde enfrentará o vencedor de DRX vs. Paper Rex.

Todas as partidas finais dos Playoffs do VALORANT Champions 2025 serão transmitidas nos canais oficiais da VCT no YouTube e Twitch. Prepare a pipoca, pois a reta final do VALORANT Champions promete ser nada menos que espetacular!

Gabriel Neves dos Santos

Gabriel Neves dos Santos, 34 anos, é um repórter veterano da cena de eSports em Curitiba. Com background em programação, ele traz uma perspectiva única para suas análises sobre Dota 2 e Valorant. Conhecido por suas investigações aprofundadas sobre contratos e transferências de jogadores profissionais, ele se destaca por revelar histórias exclusivas do cenário.

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