No universo implacável do Dota 2 competitivo, onde cada ajuste tático e cada mudança de elenco podem redefinir o destino de uma equipe, as declarações de seus protagonistas raramente passam despercebidas. Recentemente, Quinn Callahan, o talentoso mid-laner da Gaimin Gladiators, lançou luz sobre uma das transições de carry mais comentadas do cenário, comparando os estilos de jogo de Alimzhan “Watson” Islamov e o ex-membro da equipe, Anton “dyrachyo” Shkredov.
A Gaimin Gladiators, conhecida por sua capacidade de dominar torneios e ditar o ritmo do jogo, viu sua composição se alterar. A saída de dyrachyo, que Quinn já havia admitido ter sido mal executada no passado – inclusive com o próprio dyrachyo, ironicamente, “vencendo o ex-time milhões de vezes” após o ocorrido – abriu caminho para a chegada de Watson. E foi sobre essa nova dinâmica que Quinn se pronunciou, oferecendo uma perspectiva pragmática e, de certa forma, divertida sobre as diferenças entre os dois carries.
“Watson é um jogador muito talentoso, muito habilidoso, e ele nos serve melhor do que um psicopata maluco como o Anton [dyrachyo], não é mesmo?”, declarou Quinn em entrevista. A frase, que certamente ecoou pelos corredores dos esports, não é um mero insulto, mas uma descrição pitoresca das abordagens distintas de cada jogador. Segundo Quinn, Watson tende a jogar de forma mais “baseada em itens”, um estilo que busca o pico de poder através de uma farm eficiente e da aquisição de artefatos cruciais. Já dyrachyo, aparentemente, era o tipo de jogador que encarnava a “loucura”, talvez com uma agressividade mais impetuosa e um foco em jogadas de alto risco e recompensa.
É uma distinção que revela muito sobre a filosofia atual da Gaimin Gladiators. Embora Quinn afirme que ambos são “muito bons e muito diferentes”, a preferência por Watson sugere uma busca por um equilíbrio mais estável. “Ambos são muito bons, ambos são muito diferentes, vocês precisam estar cientes disso. Ainda tentamos jogar relativamente rápido, acho que jogamos mais rápido que outras equipes. Mas no final do dia, você quer estar em algum lugar no meio”, explicou Quinn. Essa busca pelo “meio-termo” indica que a GG não abandonou sua identidade de equipe rápida, mas busca refinar sua execução, integrando um carry que pode ser mais confiável em suas execuções e menos propenso a jogadas que, embora espetaculares, podem ser mais voláteis.
O mid-laner ainda complementou: “E Watson não quer jogar de Lifestealer e enlouquecer, ele quer jogar com seus próprios heróis, fazer seus próprios movimentos e tudo mais.” Isso sublinha a importância de um jogador se sentir confortável com seu pool de heróis e sua forma de impactar o jogo. Enquanto dyrachyo talvez fosse sinônimo de imprevisibilidade e picos de adrenalina, Watson parece representar uma abordagem mais calculada, onde o crescimento gradual e a execução precisa são a tônica. Em essência, um `psicopata maluco` com um plano de jogo que, para a GG, se mostrou menos alinhado do que a estratégia focada em itens e na consistência que Watson traz à mesa.
No intrincado xadrez do Dota 2, onde cada peça tem um papel e cada movimento define o curso da partida, a escolha da Gaimin Gladiators por Watson sobre dyrachyo é mais do que uma simples troca de jogadores; é uma declaração sobre a evolução de sua estratégia e a busca por uma sinergia que os mantenha no topo. E, pelo visto, o `encaixe` do novo carry parece ser a peça que faltava para essa equipe de campeões.
