A Ressurreição do Medo? Bloober Team Sonha em Levar o Terror de Volta ao Coração da Nintendo

A Nintendo, mundialmente famosa por seus personagens carismáticos e jogos que alegram a família toda, sempre cultivou uma imagem de marca “amigável”. Quem diria que por trás dessa fachada adorável, alguns desenvolvedores veem o potencial para um retorno glorioso ao reino do terror? Pois é, a Bloober Team, o estúdio por trás do vindouro Cronos: The New Dawn, tem planos ambiciosos para transformar o futuro Nintendo Switch 2 em um santuário para os arrepios, revisitando uma era de ouro que talvez muitos tenham esquecido.

Uma Visão Nostálgica para um Futuro Arrepiante

Piotr Babieno, CEO da Bloober Team, não esconde sua paixão pela Nintendo, e muito menos sua nostalgia por um período específico na história da empresa. Em suas palavras, ele está “tentando tornar seus sonhos pessoais realidade”. Babieno lembra-se com carinho da era do GameCube, um console que, apesar de sua aparência “fofa”, foi o lar de clássicos do terror que se tornaram cultuados, como Eternal Darkness, Resident Evil 0 e o revolucionário Resident Evil 4. “Foi um tempo dourado para os fãs da Nintendo”, afirma ele, com um tom que beira a reverência. A ideia é clara: por que não replicar essa magia, ou melhor, essa maldição, no próximo hardware da Nintendo?

A equipe da Bloober Team não quer apenas lançar mais um jogo de terror; eles visam abrir um novo capítulo para a Nintendo no gênero. Embora os detalhes específicos de sua visão futura permaneçam envoltos em mistério (afinal, o bom terror sempre tem seus segredos), Babieno garante que os fãs da Nintendo devem ficar de olho no estúdio. Uma promessa que, para os aficionados por sustos, soa como uma melodia sinistra e convidativa.

Do “Terror Aconchegante” ao Horror Visceral

E qual seria a porta de entrada para essa nova era de sustos? Curiosamente, Babieno sugere um caminho que a própria Nintendo já trilhou: o “terror aconchegante”. Ele cita Luigi`s Mansion como um excelente exemplo de como o medo pode ser entregue de uma forma mais leve, sem perder o encanto. Para o CEO, existe uma “enorme possibilidade de repetir essa ideia” no futuro. É uma sacada interessante: talvez a chave para reintroduzir o terror no ecossistema Nintendo seja começar com algo familiar, antes de mergulhar nas profundezas do pavor.

No entanto, a Bloober Team não se limitará apenas a fantasmas amigáveis. Seu próximo título, Cronos: The New Dawn, promete uma experiência bem diferente. Anunciado como um dos poucos jogos de terror para o Switch 2 que realmente promete elevar os batimentos cardíacos – e não de uma forma fofa –, Cronos se diferencia por sua abordagem mais “sangrenta e perturbadora”. Os jogadores viajarão no tempo, enfrentando criaturas de pesadelo que se fundem em abominações disformes para ganhar poder. Uma descrição que, convenhamos, está a milhas de distância de qualquer mansão assombrada por fantasmas de lençol.

As primeiras impressões de Cronos já são promissoras, com o analista Mark Delaney elogiando a “arma secreta” do jogo: sua jogabilidade de combate. Após duas horas de jogo, Delaney notou a inteligência por trás do design de combate, sugerindo que a Bloober Team encontrou um diferencial importante que pode surpreender os jogadores.

O Futuro Sombrio (e Brilhante) da Nintendo?

A iniciativa da Bloober Team pode ser mais do que apenas um desejo nostálgico; pode ser um movimento estratégico para preencher uma lacuna no mercado do Switch 2. Enquanto jogos como Little Nightmares 3 prometem um terror mais atmosférico, Cronos: The New Dawn parece ser o estandarte de um tipo de horror mais gráfico e adulto que o console da Nintendo pode abraçar. É uma jogada ousada, uma tentativa de diversificar o catálogo da Nintendo e, quem sabe, reconquistar uma parcela de jogadores que sentem falta de noites insones passadas na frente de seus consoles da Big N.

Será que a Nintendo, conhecida por sua luz e alegria, está pronta para abraçar as sombras novamente? Se depender da Bloober Team, o Switch 2 não será apenas um console para aventuras heroicas e corridas de kart, mas também para os gritos e o suspense que só o bom e velho terror pode proporcionar. Que venham os pesadelos… de preferência, com ótimos gráficos e jogabilidade envolvente.