Os organizadores da liga Rift Legends 2025 de League of Legends, voltada para o Leste Europeu, anunciaram a desqualificação da equipe MY STAR do torneio de verão. A razão? Uma tentativa audaciosa e, digamos, pouco sofisticada, de manipular o elenco e enganar os operadores do campeonato, colocando em campo um jogador previamente barrado.
O Início da Confusão: A Regra e a Recusa
A MY STAR parecia ter um problema crônico com as regras de elegibilidade. O regulamento da Rift Legends 2025 exige que as equipes tenham no mínimo três representantes da região do Leste Europeu. Em sua primeira tentativa de contornar essa diretriz, a equipe tentou registrar um jogador conhecido como Lesterik com o status LTR (Local Team Representative). Contudo, após uma verificação que revelou a inaptidão de Lesterik para se enquadrar nos requisitos, a organização negou o pedido e exigiu substituições.
A MY STAR, então, apresentou IGli e Ruf, que, de fato, possuíam o status LTR. Até aí, tudo certo, certo? Errado. Pouco antes da partida de estreia, a equipe tentou substituir Ruf, mas, previsivelmente, teve o pedido negado. As regras são para serem seguidas, não para serem encaradas como meras “sugestões”.
A Manobra Desesperada: Um Plano Quase Perfeito (ou Não)
É aqui que a história toma um rumo… peculiar. Apesar das negativas claras dos organizadores, a MY STAR decidiu que as regras eram, de fato, apenas uma formalidade. Em um ato que beira o desespero e a ingenuidade, a equipe colocou Lesterik para jogar a partida sob a conta de outro jogador, Balukos. Para tentar ludibriar a supervisão, Lesterik utilizou uma conta recém-criada no Discord e, pasmem, uma imagem falsa na câmera durante a partida.
Essa manobra, digna de um filme de espionagem de baixo orçamento, não apenas ignorou as diretrizes prévias, mas violou múltiplas regras do torneio de uma só vez. A tentativa de personificação e a falsificação de identidade digital são, no mínimo, demonstrações de um entendimento bastante distorcido sobre o que significa “jogo limpo” nos esports.
As Consequências: O Fim da Linha para a MY STAR
A reação da Rift Legends 2025 foi imediata e inequívoca. Os representantes da liga declararam que as ações da MY STAR não só infringiram as regras de participação, mas também causaram um dano considerável à reputação da organização e à integridade do torneio. O desfecho foi severo: a equipe MY STAR foi expulsa do campeonato, e todos os resultados de suas partidas anteriores foram anulados.
Não parou por aí. Os materiais da investigação foram prontamente encaminhados à Riot Games, desenvolvedora de League of Legends, que agora analisará o caso e poderá aplicar sanções adicionais, inclusive banimentos de longo prazo. Os organizadores da Rift Legends 2025 ainda deixaram claro que não descartam a possibilidade de exigir compensação por perdas e danos, e até mesmo recorrer a outras medidas legais. Afinal, a confiança no cenário competitivo é um ativo valioso, e sua quebra tem um preço.
Integridade em Jogo: Um Lembrete Incômodo
Este incidente serve como um lembrete vívido da importância da integridade no cenário de esports. Em um ambiente onde milhões de dólares e a reputação de organizações e jogadores estão em jogo, as regras existem para garantir a justiça e a credibilidade das competições. Tentativas de fraude, por mais “criativas” que sejam, invariavelmente vêm à tona, e as consequências são sempre severas.
A história da MY STAR no Rift Legends 2025 é um capítulo lamentável, mas necessário, que reforça a mensagem de que, no League of Legends e em qualquer esporte, a habilidade e a estratégia devem prevalecer sobre a trapaça. Para aqueles que tentam o atalho, a desqualificação não é apenas uma penalidade; é o som da campainha final, indicando que o jogo acabou antes mesmo de realmente começar.