O jornalista e blogueiro de games Anton Logvinov compartilhou suas primeiras impressões sobre DOOM: The Dark Ages. Em uma postagem em seu canal pessoal no Telegram, ele destacou os pontos positivos e negativos do novo título da id Software.
#DoomTheDarkAges é bom em princípio, mas não traz emoções novas.
Eu, provavelmente, até fico feliz que não seja mais sobre acrobacias no ar, porque eu não jogaria assim. Desta forma, o gameplay é bem animado e `para aposentados` — invadiu com o escudo, defendeu, aparou, atirou com a escopeta, mudou para a arma de energia para lutar com o escudo e dar murro na cara de todo mundo. Bem, e para as crianças modernas que nunca viram nada além de desvio e aparar na vida — serve.
Infelizmente, o roteiro também é para elas. É uma historinha típica da Disney/Blizzard, onde as forças malignas estão sempre tramando planos e ameaçando, todo mundo admira e tem medo do protagonista, e ele caminha cheio de pose, se achando.
Mas não é uma pose legal, é coisa de jardim de infância e besteira, que lembra muito Power Rangers. No sentido de que tudo é de brinquedo e exagerado, e até os antagonistas parecem personagens que não terminaram de editar em Winx. Os demônios não são assustadores, não são brutos, têm uma vibe falsa. Assim como todas essas coisas visuais e de significado deles, em vez de uma sensação — é ridículo, mas já é assim faz mais de uma década, então só resta aceitar.
Parece, em princípio, bonito para a geração passada, mas atira rápido. O único ponto negativo objetivo são os gráficos abertamente embaçados. Gráficos `sabão` esticados com contorno e neon. Todos os objetos são questionáveis no gosto. É um blockbuster genérico, `mastigável`, mas sem ambições. Quer arrancar demônios em pedaços em um ritmo rápido — funciona.
Mais tarde, Logvinov complementou sua opinião:
Certo, cheguei a um ponto em que posso dizer [excelente]. Despertaram a criança interior. Senti um clima dos anos 2000 no bom sentido.
No fim das contas, gostei pra caramba de #DoomTheDark Ages, mas ainda não entendi minha relação com os níveis de mundo aberto. Parece interessante, a exploração é bem feita, mas a sensação é que não vim para isso. Mas no geral funciona e até me envolvi um pouco na historinha degenerada local, embora ainda seja uma festa infantil.
De qualquer forma, a vibe de um shooter clássico com história de segundo escalão é muito forte. Sabe, não é um Half-Life 2 ou Halo, por exemplo, mas como se tivesse caído em uma mistura de Quake 4, Unreal 2 e outros. E isso até é um elogio, porque faz tempo que não tem jogos assim e no geral tem seu próprio charme também.
O lançamento de DOOM: The Dark Ages está marcado para 15 de maio, no entanto, os proprietários da edição Premium tiveram acesso ao título mais cedo — em 13 de maio. No momento da publicação deste material, o jogo tem avaliações muito positivas no Steam, com base em 2.841 opiniões.