A fase de grupos do Riyadh Masters 2025, um dos principais eventos de Dota 2 da temporada, chegou ao fim com a Aurora Gaming garantindo a cobiçada primeira posição no Grupo C. A jornada para o topo não foi simples, exigindo um confronto decisivo de desempate contra a forte equipe da Tundra Esports. Após a vitória crucial, o carry da Aurora, Egor “Nightfall” Grigorenko, compartilhou suas reflexões sobre os jogos intensos e o que esperar nos próximos dias.
O caminho até o desempate começou com um empate na série inicial entre Aurora e Tundra durante a fase de grupos. Ambas as equipes terminaram com a mesma pontuação, tornando o tie-breaker inevitável para determinar quem avançaria diretamente para a fase eliminatória e quem teria um caminho potencialmente mais tortuoso. A Aurora Gaming saiu vitoriosa na série melhor de 3, fechando o placar em 2 a 1 e assegurando a liderança do grupo.
Nightfall foi direto ao analisar a derrota no segundo jogo da série decisiva contra a Tundra. Segundo ele, o problema não estava na estratégia inicial de escolha de heróis (o “draft”). “Simplesmente, no segundo jogo, tudo deu terrivelmente errado”, comentou com uma franqueza quase refrescante. Ele admitiu falhas pessoais (“eu feedei o First Blood”) e problemas em todas as rotas (“tudo foi terrivelmente ruim em todas as rotas”). A equipe também “perdeu a rota de cima quando não deveríamos ter perdido tanto”, um detalhe técnico que ele fez questão de pontuar. Apesar do cenário desfavorável, Nightfall destacou um ponto curioso: mesmo com os erros, a equipe ainda conseguiu acumular uma vantagem de 4 mil em ouro perto do Roshan. Para ele, isso indicava que, com uma execução melhor das habilidades (“se tivéssemos jogado melhor com as habilidades”), a partida poderia ter sido revertida. Um lembrete de que, mesmo no caos, há oportunidades – se você não estiver ocupado demais “feedando” o First Blood, é claro.
Sobre a estratégia para o jogo final e decisivo, a prioridade era clara: negar heróis chave para o adversário. “Na terceira partida, simplesmente não queríamos entregar a combinação de heróis Dazzle mais Tusk para eles”, explicou Nightfall. Ele ressaltou que, além dessa preocupação específica, a equipe se sentia confortável e estava pronta para jogar com outros rascunhos de heróis semelhantes. Uma abordagem flexível que se provou eficaz.
E a pressão? Afinal, era um jogo valendo a liderança do grupo em um torneio milionário. Nightfall minimiza o fator pressão, mas admite que “obviamente havia alguma emoção”. A motivação principal para lutar pelo primeiro lugar era prática: “É um saco jogar partidas de eliminação [na lower bracket] neste formato”. Evitar o caminho mais difícil, onde cada derrota significa ir para casa, é um incentivo poderoso, e o alívio em ter conseguido era quase palpável em suas palavras.
Com a vaga nos playoffs garantida, quais são os próximos passos para a Aurora Gaming? A resposta inicial de Nightfall veio com bom humor: “Ir relaxar em Dubai (risos)”. Uma pausa merecida, talvez? Mas a seriedade rapidamente tomou conta. “Se for para falar sério, o torneio continua”, corrigiu. Ele enfatizou que, na fase eliminatória, “cada jogo pode ser o último”. Portanto, o plano é manter o foco: “eu acho que vamos jogar partidas públicas [pubs] e treinar em jogos contra outras equipes [clan wars]”. O objetivo principal é garantir que “cada um mantenha a forma individual”. Uma mistura saudável de descanso (ou a ideia dele) e trabalho árduo.
O Riyadh Masters 2025, parte do Esports World Cup 2025, está sendo realizado em Riade, Arábia Saudita, entre 8 e 19 de julho. O campeonato distribui uma premiação total impressionante de US$ 3 milhões. Com a liderança do grupo assegurada, a Aurora Gaming de Nightfall agora se prepara para os desafios da fase eliminatória, pronta para lutar pelo prêmio e pelo título.
