Battlefield 6: A Resposta da DICE ao Feedback dos Jogadores na Classe de Assalto

Notícias sobre esportes » Battlefield 6: A Resposta da DICE ao Feedback dos Jogadores na Classe de Assalto

O universo de Battlefield 6 está em constante evolução, e a desenvolvedora Battlefield Studios (que muitos conhecem como DICE em colaboração com a EA) demonstra que está atenta ao pulso da comunidade. Uma das mudanças mais significativas e debatidas recentemente envolve a classe de Assalto e seu outrora onipotente acessório, o Weapon Sling. Aqueles que esperavam transformar seu soldado de assalto em um “canivete suíço” com duas armas primárias de peso terão que repensar suas estratégias.

O “Weapon Sling”: Uma Ferramenta Poderosa Demais?

Tradicionalmente, a classe de Assalto em Battlefield é sinônimo de versatilidade e poder de fogo direto. Em Battlefield 6, o retorno ao clássico sistema de classes trouxe consigo a promessa de papéis mais definidos, e o Weapon Sling, que permitia aos jogadores de Assalto equipar uma segunda arma primária de qualquer tipo, parecia elevar essa versatilidade a um novo patamar.

Imagine a cena: um jogador de Assalto com um fuzil de assalto para combate a médio alcance e, para situações mais específicas, um rifle de sniper para eliminar ameaças distantes, ou uma LMG para suprimir um corredor inteiro. Essa liberdade, embora empolgante para alguns, levantou sobrancelhas e gerou debates acalorados entre a comunidade, que via uma potencial diluição da “identidade de classe”. Afinal, qual seria o propósito das outras classes se o Assalto pudesse fazer (quase) tudo?

A Mudança Chegou: Menos É Mais para a Identidade de Classe

Em um comunicado recente, a Battlefield Studios confirmou o que muitos suspeitavam e, para ser sincero, alguns até imploravam: o Weapon Sling foi ajustado. Agora, o acessório permitirá apenas o uso de Carabinas, DMRs (Rifles de Atirador Designado) e Escopetas como arma secundária. Isso significa um adeus definitivo às combinações “duplo fuzil de assalto”, “fuzil de assalto e sniper”, ou “fuzil de assalto e LMG” para a classe de Assalto.

Kevin “Totalfps” Johnson, gerente de comunidade global de Battlefield, foi direto ao ponto ao explicar a decisão no Reddit:

“A identidade de classe existe, e nós sentimos — e concordamos com os jogadores — que [o Weapon Sling em sua iteração anterior] invadia esses princípios fundamentais.”

É quase poético: a comunidade clamou por identidade, e a DICE entregou, mesmo que isso signifique podar um pouco do poder bruto da classe mais popular. Um belo exemplo de como o feedback, quando bem articulado, pode moldar o desenvolvimento de um jogo. Ou talvez apenas um reconhecimento de que a ideia original, por mais “divertida” que fosse, desequilibrava o ecossistema do campo de batalha.

Um Debate Maior: Armas Restritas por Classe

Essa não é a única frente de batalha onde a identidade de classe está sendo defendida. Há um movimento considerável de jogadores que desejam o retorno das armas primárias restritas por classe — ou seja, que apenas o Suporte possa usar LMGs, o Reconhecimento snipers, e assim por diante. Atualmente, em Battlefield 6, qualquer classe pode usar qualquer arma, embora as armas “assinatura” de cada classe ofereçam bônus passivos. A DICE, em mais um aceno à comunidade, anunciou que o beta aberto de Battlefield 6 terá playlists tanto com armas restritas por classe quanto com configurações não restritas. Uma forma elegante de deixar os jogadores votarem com seus próprios tiros.

O Cenário de Battlefield 6

Enquanto as discussões sobre balanceamento continuam, Battlefield 6 (ou Battlefield 2042, como foi oficialmente nomeado) promete uma experiência imersiva e grandiosa. O recente evento de revelação do multiplayer destacou a assinatura de destruição da franquia, o novo e empolgante modo Portal, que permite criar e personalizar experiências de jogo, e até mesmo um modo battle royale que ainda está sendo “provocado”. O beta aberto está a caminho, e o lançamento completo está previsto para 10 de outubro para Xbox Series X|S, PlayStation 5 e PC, deixando de lado as plataformas da geração anterior, Xbox One e PS4.

A lição que fica é clara: em um jogo como Battlefield, onde a sinergia entre classes é vital, a identidade de cada papel é um pilar fundamental. E, aparentemente, a DICE está mais do que disposta a lutar para preservá-la, mesmo que isso signifique retirar um “brinquedo” poderoso das mãos dos jogadores de Assalto. O campo de batalha aguarda, e a estratégia, agora, será um pouco mais… estratégica.

Lucas Meireles

Lucas Meireles, 26 anos, atua como jornalista especializado em eSports no Recife. Focado principalmente na cobertura de Free Fire e Mobile Legends, ele se destaca por suas análises táticas e entrevistas com jogadores emergentes. Começou sua carreira em um blog pessoal e hoje é reconhecido por sua cobertura detalhada de torneios mobile.

© Copyright 2025 Portal de notícias de esportes
Powered by WordPress | Mercury Theme