O universo dos jogos de tiro em primeira pessoa (FPS) é vasto, mas poucas franquias conseguem se diferenciar de forma tão marcante quanto Battlefield. Por anos, a série se orgulhou de suas batalhas em grande escala e, mais notavelmente, de seu sistema de destruição ambiental. Contudo, parece que a saga, após alguns percalços em títulos mais recentes, decidiu revisitar suas raízes. A promessa para o aguardado Battlefield 6 é clara: trazer de volta a destruição “abrangente” que marcou a era de ouro de Battlefield: Bad Company 2.
O Apogeu da Anarquia Controlada: Bad Company 2 e Sua Destruição Icônica
Lançado em 2010, Battlefield: Bad Company 2 não foi apenas mais um jogo da série; ele se tornou um marco. Jeremy Chubb, produtor multiplayer de Battlefield 6, ecoou o sentimento de muitos fãs ao PC Gamer, descrevendo Bad Company 2 como um “ponto alto” da franquia, especialmente no que tange aos elementos de destruição. Não era apenas sobre explodir uma parede, mas sim a capacidade de desmantelar estruturas inteiras, transformar abrigos em pilhas de escombros e alterar a dinâmica do mapa em tempo real.
A destruição em Bad Company 2 não era apenas um espetáculo visual; era uma mecânica de jogo crucial. Uma casa podia ser um forte impenetrável em um momento e, no próximo, uma armadilha mortal à medida que as paredes desabavam sob o fogo inimigo. Essa “experiência destrutiva íntima e abrangente” era, para muitos, a própria identidade do jogo, um diferencial que o fazia brilhar em um mercado saturado de FPS.
Os Solavancos do Caminho e a Redescoberta da Identidade
Infelizmente, nem tudo foram flores. A franquia, em suas iterações mais recentes, como Battlefield 2042, pareceu perder um pouco dessa identidade. A destruição, embora presente, não tinha a mesma profundidade ou impacto estratégico que os fãs tanto apreciavam. Chubb reconheceu essa lacuna, admitindo que essa essência estava “meio que faltando” no 2042. É quase como se o jogo, em sua busca por inovação, tivesse esquecido de um dos seus pilares fundamentais. Uma espécie de mea culpa implícita que os fãs, com certeza, notarão.
A boa notícia é que a equipe por trás de Battlefield 6 está ciente disso. Eles querem “voltar a essas raízes”. Não é apenas uma declaração vazia; até mesmo David Goldfarb, o designer de Bad Company 2, comentou que as filmagens vazadas do teste alfa de Battlefield 6 transmitiam “vibrações de Bad Company 2”. Quem diria que a chave para o futuro estaria, em parte, no passado? Além disso, os desenvolvedores também mencionaram Battlefield 3 e 4 como fontes de inspiração, indicando uma fusão do melhor de vários mundos.
O Futuro Destrutivo de Battlefield 6
O otimismo em torno de Battlefield 6 tem crescido, especialmente após o recente anúncio do multiplayer. A promessa de uma destruição mais significativa significa mais do que apenas visuais impressionantes; ela sugere um retorno à jogabilidade dinâmica e imprevisível que torna cada partida única. Imagine novamente a satisfação de demolir o esconderijo de um atirador ou abrir novas rotas para flanquear o inimigo, tudo isso enquanto o campo de batalha se transforma ao seu redor.
A EA e a DICE parecem ter absorvido as lições dos desafios de Battlefield 2042. Com um novo modo Battle Royale também em desenvolvimento, além do multiplayer tradicional e da campanha, Battlefield 6 se prepara para ser um pacote robusto.
Os ansiosos poderão ter um gostinho dessa nova era em breve: o beta aberto de Battlefield 6 começará para um grupo limitado de jogadores em 7 de agosto, com uma expansão mais ampla ainda em agosto. O lançamento completo do jogo está programado para 10 de outubro, chegando para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S. Resta saber se o jogo conseguirá, de fato, explodir as expectativas e reacender a chama dos fãs de longa data. A aposta é alta, e a demolição, pelo que parece, será apenas o começo.