Treyarch Acerta em Cheio no Multijogador: Adeus, Fadiga!
Era uma vez, em um futuro não tão distante – precisamente em 2035 – a Treyarch nos convocou para uma prévia de Call of Duty: Black Ops 7 durante o evento Call of Duty: Next. E, para a surpresa de muitos que já sentiam um certo cansaço da franquia, o multijogador de Black Ops 7 parece ser a injeção de adrenalina que precisávamos. A transição de um cenário de guerra dos anos 90 para um futuro tecnológico não é apenas uma mudança estética, mas uma reformulação que impacta diretamente a jogabilidade, prometendo afastar aquela infame “fadiga CoD”.
Movimento e Gadgets: A Dança do Futuro no Campo de Batalha
A primeira coisa que salta aos olhos (e aos dedos) é o aprimoramento do sistema de omnimovimento. Esqueça a corrida tática como a conhecíamos – agora, a agilidade é inata, a velocidade base aumentou, e, para a alegria dos mais criativos, o wall jump faz sua entrada triunfal. Não estamos falando de um mero salto na parede, mas de uma ferramenta que permite encadeamento de movimentos, alcançando posições antes inimagináveis e, por que não, surpreendendo inimigos com um giro aéreo seguido de um abate implacável. Confesso que até eu, que não sou um ninja digital, consegui realizar umas jogadas que me fizeram sentir um mestre do parkour militar. É uma lufada de ar fresco que realmente oferece novas camadas estratégicas ao combate.
E o que seria de um futuro sem seus brinquedos tecnológicos? Os scorestreaks ganham vida com robôs como o leal D.A.W.G. (um cão-robô letal) e o imponente Rhino (uma versão robótica do Juggernaut). Além disso, os equipamentos futuristas incluem drones de lançamento, camuflagem temporária e até hologramas de isca para enganar o adversário. Essas adições, embora não sejam totalmente inéditas na história do CoD, integram-se de forma coesa ao tema de 2035, proporcionando uma imersão que nos faz questionar: “Será que em 2035 teremos que nos preocupar com isso na vida real?”
Mapas: O Retorno aos Clássicos com um Toque Moderno
A Treyarch ouviu os fãs e buscou inspiração nos mapas clássicos de Black Ops 2. Isso significa que as arenas de combate em Black Ops 7 são mais amplas, mas mantêm o design inteligente de “três rotas”, onde cada caminho tem um propósito claro e equilibrado. A ideia é oferecer espaço para respiro e para a execução das novas mecânicas de movimento, evitando a claustrofobia caótica que por vezes marcou títulos anteriores.
Um destaque particular é o mapa Forge, um centro de pesquisa e desenvolvimento da Guild. Jogar Domination em Forge é uma experiência única, especialmente com a bandeira B posicionada em um centro rotatório de cobertura. É um palco para momentos imprevisíveis: a cobertura pode ser sua salvação ou sua perdição em questão de segundos. E, para os amantes de um bom “pula-pula” tático, as paredes externas de vidro do Forge são um convite aberto para testar os limites do wall jump. Os desenvolvedores confirmaram que Forge servirá até como campo de treinamento, com um “assistente de wall jump” para os menos coordenados – uma gentileza que aprecio profundamente.
Zumbis: Ol` Tessie e o Apocalipse Sobre Rodas
O modo Zumbis, sempre um carro-chefe da série Black Ops, recebe uma reinvenção ambiciosa com Ashes of the Damned. Esqueça os mapas tradicionais; aqui, temos o maior mapa Zumbis baseado em rodadas de todos os tempos, com uma estrutura que remete ao lendário Tranzit de Black Ops 2 – mas com uma diferença crucial. Em vez de um ônibus automático, os jogadores assumem o volante de Ol` Tessie, um veículo “maravilha” que é o quinto membro da equipe e sua melhor chance de sobrevivência.
A Treyarch projetou Ashes of the Damned inteiramente em torno de Tessie. As estradas traiçoeiras e a neblina densa entre as “ilhas” de locais exigem que o veículo seja a peça central da sua estratégia. Dirigir, personalizar e aprimorar Tessie será essencial para sobreviver às hordas de mortos-vivos. É uma abordagem que promete uma dinâmica de jogo renovada, transformando a fuga e o combate veicular em elementos cruciais para a sobrevivência, injetando uma nova dose de adrenalina no modo mais querido pelos fãs.
Warzone: Onde a Promessa Tropeça
Entretanto, nem tudo são flores no jardim do futuro. A integração de Warzone com Black Ops 7, que introduzirá o novo mapa Resurgence chamado Haven`s Hollow, parece não ter impressionado tanto quanto o multijogador e os zumbis. A prévia indicou que essa parte da experiência “caiu por terra” ou “ficou aquém das expectativas”. É uma pena, especialmente considerando o potencial de sinergia entre os títulos. Resta saber se ajustes futuros poderão elevar a experiência de Warzone a par com as inovações vistas nos outros modos ou se teremos que esperar por uma “atualização de otimismo” para esse front.
Conclusão: Black Ops 7 – Um Passo Audacioso (e Bem-Vindo) Para Frente
Ainda que a integração de Warzone apresente um ponto de interrogação, a Treyarch demonstra uma clareza impressionante em sua visão para Black Ops 7. O multijogador futurista, com seu movimento refinado e gadgets inovadores, e o modo Zumbis, com seu conceito centrado no veículo Ol` Tessie, são apostas ousadas que parecem pagar dividendos. É um título que busca ativamente quebrar o ciclo da “fadiga CoD”, oferecendo uma experiência que, para a maioria dos modos, parece genuinamente nova e emocionante. Mal podemos esperar para mergulhar de cabeça no futuro distópico (e em grande parte divertido) que Treyarch preparou para nós.
