O aguardado EA Sports College Football 26 promete trazer de volta a emoção do futebol americano universitário aos videogames, e uma das áreas que recebeu atenção especial dos desenvolvedores é o popular Modo Rumo à Glória (Road to Glory). Celebrado em edições anteriores e no retorno em CFB 25, este modo que simula a carreira de um único atleta agora ganha novas camadas de profundidade, oferecendo aos jogadores uma experiência ainda mais rica e consequente desde o primeiro dia no ensino médio.
A novidade mais impactante logo no início de uma nova carreira é a capacidade de escolher o seu ponto de partida em termos de reputação. Não se trata apenas de criar um jogador; agora você define seu status inicial no cenário do recrutamento. Será um “5-Star Elite”, um prodígio com expectativas nas alturas e holofotes constantes? Ou talvez um “2-Star Underdog”, um talento bruto que precisará lutar a cada jarda e provar seu valor contra todas as probabilidades? Cada escolha oferece um conjunto distinto de desafios e uma narrativa única a ser construída. Enquanto um atleta de elite inicia com um leque maior de habilidades, a pressão para atender às expectativas é imensa. Um azarão, por outro lado, tem uma montanha maior para escalar, mas cada conquista adquire um sabor especial.
As posições jogáveis incluem as chaves para o ataque e defesa: Quarterback (QB), Halfback (HB), Wide Receiver (WR), MIKE Linebacker (MIKE LB) e Cornerback (CB). Para cada uma delas, os arquétipos foram cuidadosamente retrabalhados. O objetivo é que as características e habilidades de cada tipo de jogador reflitam de forma mais precisa as nuances da posição na vida real, tornando a escolha do arquétipo inicial uma decisão tática que moldará o estilo de jogo e as oportunidades futuras do atleta virtual.
Após definir as bases técnicas, a personalização entra em cena. Além da aparência, o histórico e, crucialmente, o ensino médio onde o jogador atua podem ser escolhidos. E aqui reside uma camada estratégica interessante: a localização da escola secundária influencia diretamente o tipo de universidade que mostrará interesse no recrutamento. Sim, seu colégio importa, e pela primeira vez, há até a possibilidade de construir o próprio time do ensino médio para essa finalidade. A personalização se estende aos detalhes de estilo de jogo, como a forma de correr, os arremessos característicos de um QB ou o jeito que um HB carrega a bola – pequenos toques que aumentam a imersão.
No ensino médio, o jogo simula a pressão do processo de recrutamento de forma mais dinâmica e responsiva. Cada decisão, dentro ou fora de campo, tem peso. Uma boa atuação em um jogo chave, uma entrevista bem-sucedida com um jornal local – tudo isso afeta a percepção que as universidades têm do seu jogador. A EA afirma ter dado mais “agência” e profundidade ao processo de recrutamento com base no feedback dos jogadores de CFB 25. Agora, o jogador terá acesso a informações claras sobre como os recrutadores o veem, permitindo que ele reaja e ajuste suas ações para mirar na universidade dos sonhos.
O palco principal para impressionar os recrutadores são as cinco partidas do ensino médio, cada uma contendo quatro “momentos chave”. Estes momentos são cenários específicos, criados para permitir que seu atleta brilhe de acordo com seu arquétipo. Completar esses desafios com sucesso é vital: eles servem como a “fita” que será enviada para as universidades. Desempenhar-se bem fará sua reputação disparar, enquanto um tropeço pode diminuir suas perspectivas. A escolha de quais momentos focar e destacar na sua fita também é estratégica, já que diferentes faculdades valorizam aspectos distintos do jogo.
Todo o esforço e as decisões culminam nas ofertas de bolsa de estudo. Mas a jornada não para aí; as ofertas não precisam ser aceitas imediatamente. O jogador pode negociar e trabalhar para melhorar as condições oferecidas. Naturalmente, um desempenho consistente e espetacular aumenta o poder de barganha, enquanto uma fase ruim pode diminuir as opções. É um reflexo do mundo real do recrutamento universitário, onde a performance em campo é a moeda mais forte.
Uma vez no ambiente universitário, o desafio continua com novas mecânicas introduzidas ou aprofundadas em CFB 26. Um sistema de energia semanal retrabalhado exigirá gerenciamento cuidadoso do atleta ao longo da temporada. A confiança do técnico agora é uma mecânica mais profunda, impactando oportunidades e tempo de jogo. E o sistema de desgaste físico (“wear and tear”), que afeta todo o jogo, também desempenha um papel crucial na gestão da saúde e desempenho do seu jogador ao longo da carreira universitária.
Em suma, o Modo Rumo à Glória em EA Sports College Football 26 parece focado em transformar a progressão do jogador em uma narrativa mais envolvente, estratégica e pessoal. Ao dar mais controle sobre o início, a jornada no ensino médio e as negociações de recrutamento, a EA busca oferecer uma experiência onde a lenda construída em campo é genuinamente a sua lenda.
