A Wasteland vibra! O recém-lançado trailer da segunda temporada da aclamada série Fallout da Prime Video não apenas intensificou a expectativa, mas também acendeu uma centelha de esperança para os entusiastas de longa data do universo pós-apocalíptico da Bethesda. O motivo? Fortes indícios de que a nova leva de episódios mergulhará de cabeça na rica e complexa lore de Fallout: New Vegas, talvez se tornando o “remaster” inesperado que os fãs ansiavam.
Da Narrativa Original à Imersão Canônica
Enquanto a primeira temporada da série foi amplamente elogiada por sua capacidade de construir uma história original e envolvente dentro do universo dos jogos, sem se prender rigidamente a eventos predefinidos, a segunda temporada parece dar um passo em direção a um terreno mais familiar. A aparição de membros do elenco e produtores no palco da Gamescom Opening Night Live para debutar o teaser foi um prelúdio para o que se revelou ser uma ponte sólida entre a série e um dos títulos mais queridos da franquia de RPGs.
O trailer, repleto de ação e, claro, violência gráfica que se tornou uma marca registrada da saga, retoma a narrativa de onde a primeira temporada parou. Vemos Lucy MacLean (Ella Purnell) em sua jornada ao lado do pistoleiro Ghoul (Walton Goggins), que, após uma aliança nada fácil, continuam a busca pelo pai de Lucy, Hank. Paralelamente, Maximus (Aaron Moten) navega sua nova e questionável vida como Cavaleiro da Irmandade de Aço. E, para a alegria dos fãs, os flashbacks prometem continuar a explorar a vida de Cooper Howard antes da catástrofe nuclear, revelando mais sobre o homem por trás do Ghoul que conhecemos e amamos (e tememos).
Mojave Chamando: O Retorno de Ícones de New Vegas
Corpos explodindo, sangue espirrando e a inconfundível sombra de uma Criatura da Morte (Deathclaw) – tudo isso está lá para garantir que a série mantenha sua fidelidade ao tom brutal e, por vezes, cômico do universo Fallout. Contudo, foi a aparição de figuras e referências icônicas que realmente capturou a atenção dos veteranos do Wasteland.
Os sussurros da Legião de Caesar no trailer, por exemplo, levaram os espectadores a especular se a série abordará ou canonizará qualquer um dos múltiplos finais de Fallout: New Vegas. Uma ousadia narrativa que, se bem executada, pode ser um divisor de águas.
Mas a cereja do bolo, ou melhor, o microchip do bolo, foi a proeminente aparição de Robert Edwin House, o visionário (e ligeiramente megalomaníaco) empresário de New Vegas. House, que já havia feito uma breve ponta na primeira temporada, agora é interpretado pelo talentoso Justin Theroux, e o trailer sugere que seu papel será muito mais significativo. Para os aficionados por New Vegas, ver House ganhando mais tela é como encontrar um Nuka-Cola Quantum gelado no meio do deserto – raro e revigorante.
O “Remaster” Inesperado?
Para muitos, Fallout: New Vegas é mais do que um jogo; é um testamento à liberdade de escolha e à complexidade moral que o universo Fallout pode oferecer. Por anos, os fãs clamaram por um remaster ou remake que desse ao jogo o tratamento visual que ele merecia, mas que a Bethesda nunca entregou, talvez ocupada demais contando quantas garrafas de Nuka-Cola foram consumidas na Flórida. Agora, ironicamente, a série de TV pode estar se tornando exatamente isso: uma reinterpretação visualmente rica e expansiva do universo de New Vegas, sem ser um jogo. É uma forma de reviver o Mojave, explorar seus segredos e mergulhar nas intrigas políticas de uma maneira completamente nova, mas ainda profundamente familiar.
A Prime Video já liberou fotos da segunda temporada que mostram o desolador e igualmente belo Deserto do Mojave que os personagens irão explorar, solidificando ainda mais a conexão. A estreia está marcada para 17 de dezembro, com novos episódios sendo transmitidos semanalmente. Preparem seus Pip-Boys e seus estoques de RadAway, pois a jornada para o coração do que faz Fallout ser Fallout está prestes a começar, e parece que será uma viagem memorável por New Vegas.