A chegada de um novo filme do Superman nunca é um evento trivial. É um renascimento, um recomeço para um dos personagens mais icônicos da cultura pop, carregado de expectativas, esperanças e a inevitável comparação com tudo que veio antes. Mas o que ninguém esperava era que uma das vozes mais influentes e, sejamos honestos, mais *duras* da fantasia contemporânea, George R.R. Martin, autor de “As Crônicas de Gelo e Fogo”, não apenas assistisse à nova iteração do herói de capa, mas o proclamasse como o melhor filme do Superman em muito tempo, senão da história.
Martin, conhecido por sua prosa complexa e enredos que evitam o maniqueísmo simples, não é alguém que distribui elogios levianamente. Sua saída para assistir ao filme, em companhia da esposa Parris, já é um evento notável, dado seu conhecido recluso estilo de vida (provavelmente escapando momentaneamente das garras dos dragões e intrigas políticas de Westeros). A gravidade de seu veredito, portanto, ecoa com um peso considerável para os fãs de quadrinhos e cinema.
“Sou fã do Superman há muito tempo, e este é o melhor filme do Superman em muito tempo, ou até mesmo da história. Este novo Superman me lembra o herói sobre quem eu lia quando criança: um estranho alienígena de outro planeta que surgiu na Terra com poderes que superam as capacidades dos humanos comuns. (E sim, ele é inocente, claro, ele sempre foi um imigrante. E ilegal, se pensarmos bem).”
A análise de Martin destaca um ponto crucial: o retorno à essência. Para ele, o filme de James Gunn captura a natureza fundamental de Kal-El como um “estranho alienígena”, um imigrante que, apesar de seus poderes extraordinários, mantém uma inocência inerente. A sutil ironia ao classificá-lo como “ilegal” ressoa com a percepção contemporânea, mas serve para reforçar a ideia de que o Superman sempre foi o outro, o forasteiro que escolhe proteger a humanidade. É uma ode ao altruísmo desinteressado que define o personagem, distanciando-se de interpretações mais sombrias e ambíguas das últimas décadas.
O elenco, sob a batuta de James Gunn, recebeu aplausos estrondosos. Rachel Brosnahan, no papel de Lois Lane, foi descrita como “simplesmente incrível”, elevando-a ao patamar da icônica Margot Kidder. Contudo, o maior impacto parece ter sido a performance de Nicholas Hoult como Lex Luthor. Martin não hesita: “Não há dúvida sobre quem é o melhor Lex. Nicholas Hoult é o melhor Lex Luthor da história, um vilão verdadeiramente aterrorizante.” Esta afirmação eleva a barra para o antagonista, prometendo uma encarnação que talvez finalmente faça jus à complexidade e malevolência do arqui-inimigo do Homem de Aço.
Até mesmo o “rapaz na capa” (David Corenswet, embora Martin não o nomeie explicitamente) não escapou aos elogios. O desejo de Martin de que ele “interprete Kal-El em mais uma dúzia de filmes” é um testemunho da performance do novo intérprete e da esperança de longevidade para esta encarnação do herói. A direção de James Gunn, conhecido por seu trabalho em “Guardiões da Galáxia” e “O Esquadrão Suicida”, parece ter orquestrado uma visão que resgata o espírito do Superman clássico, ao mesmo tempo em que o moderniza para as sensibilidades atuais.
Com a estreia marcada para 11 de julho de 2025, a benção de Westeros, vinda de alguém tão criterioso quanto George R.R. Martin, serve como um potente presságio. Este novo filme do Superman não é apenas mais um capítulo; é um pilar fundamental para o futuro do reformulado Universo DC sob a batuta de James Gunn e Peter Safran. Aparentemente, o Homem de Aço está de volta, e desta vez, com a aprovação de um dos contadores de histórias mais respeitados de nossa era.