O cenário de Hollywood está sempre em ebulição, com rumores e movimentações bilionárias ditando o ritmo. A mais recente especulação que agita a indústria cinematográfica aponta para uma possível negociação de peso: a Legendary Entertainment estaria interessada em adquirir a Lionsgate. A notícia, veiculada inicialmente pela revista Variety com base em fontes internas, coloca em evidência um potencial negócio capaz de redesenhar o mapa dos estúdios.
Até o momento, não houve qualquer anúncio oficial sobre a alegada negociação. O estágio das discussões e as chances reais de a transação se concretizar permanecem, convenientemente, nos bastidores. Representantes de ambas as companhias, ao serem questionados, mantiveram o silêncio estratégico – aquele clássico “sem comentários” que, muitas vezes, mais confirma do que nega em tempos de especulação. Contudo, o mercado financeiro já reagiu: as ações da Lionsgate dispararam cerca de 20% após o surgimento do rumor, elevando a capitalização de mercado do estúdio para a casa dos US$ 2 bilhões. Wall Street, como sempre, parece ter lido as entrelinhas antes de qualquer comunicado formal.
Para entender a dimensão dessa possível união, é preciso olhar para o histórico e os ativos de cada uma. A Legendary Entertainment, conhecida por apostar em produções de grande escala, passou por uma recente reestruturação, recomprando a si mesma em 2024 após um período sob o controle da gigante chinesa Wanda Group. Seu portfólio ostenta blockbusters como a aclamada franquia “Duna”, a icônica trilogia “Batman: O Cavaleiro das Trevas” de Christopher Nolan e o aguardado filme de “Minecraft”.
Já a Lionsgate, uma veterana com uma trajetória complexa de fusões e cisões (tendo, por exemplo, se separado recentemente da Starz Entertainment em maio de 2025, movimento que reorganizou suas operações), é a casa de franquias de enorme sucesso como “Jogos Vorazes” e “John Wick”. Uma aquisição pela Legendary significaria a junção de universos narrativos poderosos e bibliotecas de conteúdo vastíssimas, criando sinergias (e, quem sabe, futuros crossovers impensáveis) que poderiam ser exploradas em cinema, TV e streaming.
Ainda que no campo da especulação, um movimento dessa magnitude destacaria a busca contínua por escala e conteúdo no mercado de entretenimento. A Legendary, fortalecida após sua recompra, parece estar em posição agressiva para expandir seu império, e a Lionsgate, com seus ativos valiosos e infraestrutura, seria um alvo estratégico. Resta aguardar se o “sem comentários” se transformará em um anúncio oficial, ou se os rumores se dissolverão. Fato é que a possibilidade de “Duna” e “John Wick” passarem a compartilhar o mesmo teto corporativo já é, por si só, um roteiro digno de Hollywood.
