No dinâmico universo competitivo do Dota 2, onde novos talentos surgem constantemente e veteranos consolidam seus legados, a opinião de jogadores renomados sobre a nova geração sempre capta a atenção da comunidade. Recentemente, Denis `Larl` Sigitov, o aclamado mid laner da Team Spirit, campeã do The International e referência global, compartilhou sua perspectiva sobre um dos nomes mais promissores do cenário: Artem `Niku` Bachkura, o jovem mid laner de apenas 16 anos que defende as cores da Natus Vincere (NAVI).
A avaliação de Larl veio à tona em um vlog da Team Spirit, oferecendo um vislumbre sincero e técnico sobre as habilidades de Niku. Sem rodeios, Larl descreveu Niku como alguém que “joga bem”. Ele fez questão de destacar o nível do “micro” — a capacidade de controle individual sobre o herói e as unidades, essencial em confrontos diretos —, classificando-o como “normal, bom”. Isso sugere uma base sólida nas mecânicas fundamentais do jogo.
Entretanto, como em qualquer análise aprofundada, Larl apontou áreas com potencial para desenvolvimento. Segundo ele, o “macro” de Niku — que engloba a visão estratégica de mapa, o timing das decisões e a coordenação com a equipe — “onde ele talvez sofra um pouco”. O jogador da Spirit mencionou a ocorrência de “algumas ações impensadas”, algo que pode ser atribuído à juventude e à falta de experiência em situações de alta pressão, algo comum para atletas em início de carreira no escalão superior.
Larl também observou que o desempenho de Niku pode variar dependendo dos heróis que ele está pilotando. Apesar das ressalvas, a conclusão geral foi positiva: “Simplesmente joga bem”. Mas ele tratou de colocar as expectativas em perspectiva: “ainda não é o GOAT [Greatest Of All Time, o melhor de todos os tempos], é apenas good [bom]”. Uma dose de realismo que sublinha o longo caminho até o topo absoluto.
A análise não deixou de considerar o ambiente de equipe. Larl reconheceu que a NAVI é uma “equipe boa, mas jovem”, o que implica que Niku, assim como seus companheiros, ainda está ganhando “experiência em LAN” (torneios presenciais), um fator crucial que tempera jogadores sob a intensidade do palco e da plateia.
Uma comparação inevitável surgiu com outro jovem talento, Alan “Satanic” Gallyamov. “Ele não é como o Satanic”, ponderou Larl. “Se for comparar, o Alan parecia jogar forte imediatamente no micro e no geral”. Larl especulou se a diferença entre as funções de mid laner e carry poderia influenciar essa percepção, notando que o carry, tradicionalmente, é visto como uma posição mais “estrela” do que o mid no meta atual. Ainda assim, Larl reforçou: Niku “causa impacto e joga bem no geral”. Em um toque pessoal, ele descreveu Niku como um “cara normal” após terem se cruzado em um torneio.
Curiosamente, no momento em que Larl compartilhou essas impressões, tanto a Team Spirit quanto a NAVI estavam competindo no Riyadh Masters 2025, um dos campeonatos mais prestigiados do circuito. Ambas as equipes se encontraram no Grupo A. A Team Spirit reafirmou seu status de potência terminando em primeiro lugar, enquanto a NAVI garantiu a segunda posição no grupo, um desempenho que, de certa forma, valida a avaliação de Larl sobre o potencial e o impacto de Niku, mesmo com os pontos a serem aprimorados.
Em suma, a análise de Larl sobre Niku oferece um retrato matizado: um jogador com uma base mecânica sólida e a capacidade de impactar o jogo, mas que ainda está em sua jornada de desenvolvimento estratégico e de consistência em alto nível. A jornada para se tornar um “GOAT” é longa e exige lapidação constante, mas a avaliação de um campeão como Larl sugere que Niku tem os fundamentos para trilhar um caminho promissor no competitivo Dota 2.
