Em uma reviravolta digna de um final de campeonato, a EA Sports surpreende o mundo dos games ao “sentar” seu tão aguardado jogo de basquete universitário. O motivo? Um movimento estratégico, e um tanto ousado, da rival 2K Sports. Prepare-se para entender essa disputa de bastidores.
O Sonho de um Retorno Triunfal Adiados
A notícia de que a EA Sports estava planejando o retorno de seu game de basquete universitário, dezesseis anos após o último lançamento (NCAA Basketball 10 em 2009), havia acendido a esperança de milhares de fãs. A promessa era reviver a paixão pelas quadras universitárias, com toda a intensidade e rivalidade que o esporte oferece. Contudo, essa expectativa parece ter sido prematura.
Recentemente, a gigante dos games, através de seu vice-presidente de parcerias comerciais e licenciamento, Sean O`Brien, enviou comunicados a universidades e conferências, informando que os planos para o título foram, infelizmente, colocados em pausa indefinida. A razão é clara: a concorrência.
A Entrada Estratégica da 2K Sports
O`Brien não poupou detalhes ao apontar a 2K Sports como o pivô dessa mudança de planos. Algumas instituições de ensino superior teriam aceitado propostas da 2K Sports para inclusão em um projeto de basquete universitário. “Estamos desapontados que não pudemos encontrar um caminho aceitável para avançar”, escreveu O`Brien, com um tom que beirava a resignação.
Aparentemente, a oferta da EA exigia direitos exclusivos, o que, embora recomendado pela Collegiate Licensing Company (CLC) por abranger 730 equipes (masculinas e femininas), colidiu com a abordagem da 2K. Se algumas escolas já estavam a bordo com a rival, a exclusividade se tornava um obstáculo intransponível para a EA Sports.
Um Campo de Batalha com Cenários Incertos
Ainda paira uma certa névoa sobre os planos exatos da 2K Sports. Há informações conflitantes sobre se a empresa integraria times universitários à sua franquia NBA 2K (talvez como DLC inicialmente) ou se lançaria um título “College Hoops 2K” totalmente independente. Relatos indicam que a 2K já estaria em contato com grandes universidades, como Michigan State e UCLA, com planos de apresentar cerca de 100 programas masculinos e femininos.
Essa diferença de escala é notável: enquanto o CEO da EA, Andrew Wilson, almejava incluir “todos os 350 programas” universitários em seu jogo, a 2K parece adotar uma estratégia mais focada, talvez para testar o terreno ou simplesmente para focar nas instituições de maior renome.
O “Desafio Assustador” da EA
Não é a primeira vez que Sean O`Brien se manifesta sobre a complexidade do projeto. Pouco antes do anúncio do cancelamento, ele já havia admitido que o jogo de basquete universitário da EA estava “longe do lançamento” e que o projeto era uma “tarefa assustadora”. É uma declaração curiosa, quase como se previsse os percalços que viriam.
– Sean O`Brien, VP da EA Sports.
A última vez que a 2K lançou um jogo de basquete universitário foi com College Hoops 2K8 em 2007. Ambos os gigantes estavam, de certa forma, “fora do jogo” nesse nicho há bastante tempo. O retorno, que parecia promissor, transformou-se em um cabo de guerra por licenciamento.
O Futuro nas Quadras Virtuais: Um Jogo de Espera
Com a EA Sports temporariamente fora da jogada, o foco agora se volta para a 2K Sports. Será que a empresa conseguirá preencher o vazio deixado e entregar uma experiência de basquete universitário que os fãs tanto desejam? Ou essa disputa de bastidores deixará o mercado sem um simulador abrangente do esporte por mais tempo?
O cenário é de incerteza, mas uma coisa é certa: a competição por licenciamento no mundo dos games de esporte nunca foi tão acirrada. Para os fãs, resta acompanhar os próximos lances e torcer para que essa rivalidade resulte, eventualmente, em um produto de alta qualidade para as quadras virtuais.
