Um estudo da Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) adverte que, até 2033, o mercado de inteligência artificial (IA) deverá ultrapassar a marca de US$ 4,8 trilhões. Contudo, o acesso a essa tecnologia não será igualitário, o que poderá intensificar ainda mais o abismo entre nações desenvolvidas e em desenvolvimento.
A situação pode se agravar com a disseminação da IA, que tem o potencial de eliminar 40% dos empregos em escala global em um período de oito anos. Atualmente, cerca de metade dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento de IA estão concentrados em apenas 100 empresas, majoritariamente localizadas na China e nos Estados Unidos. A título de comparação, o valor de mercado de algumas dessas corporações supera o Produto Interno Bruto (PIB) de todos os países africanos somados.
Especialistas da UNCTAD propõem que a solução para este problema passa por democratizar o acesso às tecnologias de IA, disponibilizando-as para um público mais amplo. Uma das sugestões é a distribuição de modelos de código aberto. Adicionalmente, recomendam o desenvolvimento colaborativo de infraestruturas públicas e o fomento ao intercâmbio de conhecimento na área de IA.