Papich Gera Polêmica ao Criticar Fãs: “Meus Espectadores São Comedores de Bosta” por Preferência em Souls-like

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O cenário do streaming é frequentemente palco para opiniões fortes, e o streamer Vitaliy “Papich” Tsal, conhecido por sua personalidade direta e por vezes explosiva, mais uma vez entregou. Em uma transmissão recente, Papich direcionou críticas severas à sua própria audiência, levantando um debate espinhoso dentro da comunidade de jogos souls-like: a preferência por clássicos estabelecidos em detrimento de títulos mais recentes que, em sua visão, elevam o padrão do gênero. A raiz da discórdia? A aparente devoção dos espectadores a Dark Souls original, enquanto demonstravam desinteresse ou aversão por Lies of P.

A declaração de Papich não foi das mais brandas. Em um momento de desabafo durante a live, ele não hesitou em rotular sua audiência de “comedores de bosta”. O motivo, segundo ele, reside na incongruência de seus fãs: eles fervorosamente pediram transmissões de Dark Souls, especialmente o primeiro jogo da série (o segundo, ele concede, ainda era “tolerável”), apenas para, em seguida, desprezar Lies of P, um jogo que ele considera um “gênio” e “obra-prima” dentro do mesmo nicho.

Para Papich, a predileção pelo primeiro Dark Souls é incompreensível do ponto de vista técnico e de design. Ele descreveu o jogo como “super primitivo”, “cabeça dura” e até mesmo um “pedaço de merda”. Seus argumentos focam em aspectos específicos que, em sua análise, tornam o título original defasado: chefes que ficam parados (AFK, ou Away From Keyboard, na gíria) e são derrotados com poucos golpes, falta de variedade real no gameplay, e a possibilidade (ou tendência) de completar a jornada inteira usando essencialmente a mesma arma. Uma crítica que, embora chocante pela linguagem, aponta para elementos de design que, de fato, evoluíram significativamente em jogos posteriores do gênero, incluindo, na opinião dele, Lies of P.

O contraste com Lies of P é o cerne da frustração do streamer. Ele não se cansa de exaltar o título desenvolvido pela Round8 Studio, vendo-o como uma evolução notável e um exemplo de como as mecânicas souls-like podem ser refinadas e expandidas. Essa visão positiva de Lies of P não é nova para quem acompanha Papich; ele já havia declarado anteriormente que o jogo era uma obra-prima e que, em comparação, Dark Souls “parece atrasado”. A recente expansão, Overture, para Lies of P, também recebeu elogios entusiasmados do streamer, reforçando sua posição de que o título de 2023 é superior.

A ironia na situação, e o que provavelmente alimentou a raiva de Papich, é que a audiência que agora critica Lies of P foi a mesma que clamou por conteúdo de Dark Souls. Para ele, isso demonstra uma incapacidade de reconhecer a qualidade quando ela se apresenta de uma forma nova e apegada a uma nostalgia ou hype em torno de um título que, pelos seus critérios técnicos, não se sustenta mais como o ápice do gênero. É como pedir por um carro clássico, ser presenteado com um modelo de ponta com tecnologia avançada, e ainda assim reclamar que não é a mesma coisa velha e barulhenta. Uma perspectiva que, embora contundente, ignora o valor sentimental e a importância histórica que o primeiro Dark Souls tem para muitos jogadores, e que não se resume apenas a “quão fácil é o chefe com uma build otimizada”.

Em suma, a mais recente polêmica envolvendo Papich serve como um lembrete da paixão (e da ocasional fúria) que os jogos podem despertar, tanto em quem joga quanto em quem assiste. E, claro, da eterna batalha entre a reverência ao clássico e a celebração da inovação, vista pelos olhos de um streamer que, definitivamente, não tem papas na língua ao expressar sua – extremamente polarizadora – opinião.

Gabriel Neves dos Santos

Gabriel Neves dos Santos, 34 anos, é um repórter veterano da cena de eSports em Curitiba. Com background em programação, ele traz uma perspectiva única para suas análises sobre Dota 2 e Valorant. Conhecido por suas investigações aprofundadas sobre contratos e transferências de jogadores profissionais, ele se destaca por revelar histórias exclusivas do cenário.

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