A recente participação da equipe PARIVISION no Clavision DOTA2 Masters 2025: Snow-Ruyi, realizado na China, não terminou como o esperado. O desfecho da jornada, culminando na 7ª-8ª posição e uma eliminação precoce em 1º de agosto, gerou um misto de frustração e autocrítica. O mid-laner Vladimir “No[o]ne” Minenko foi o porta-voz dessa insatisfação, compartilhando abertamente suas percepções sobre o que, de fato, não funcionou.
“Perdemos o torneio chinês — Clavision. Terminamos em alguma última posição, provavelmente, nem sei qual. Obviamente, muito insatisfatório. O que deu errado? Muitas coisas. Em alguns momentos, questões organizacionais, como quando ativávamos Smoke of Deceit e tudo era lido pelos inimigos porque eles gritavam. Mas isso já é, provavelmente, desculpa. Acho que ficamos muito cansados depois do Riyadh Masters 2025. Havia desentendimentos na equipe, não tínhamos um treinador por perto, foi bem difícil lidar com isso. Mas é o que é.”
Entre o Cansaço e a Desarmonia: As Causas da Queda
No[o]ne foi categórico ao descrever o resultado como “muito insatisfatório”. A equipe foi superada pela Xtreme Gaming, encerrando sua busca pelo prêmio de US$ 700 mil do Clavision DOTA2 Masters 2025. O jogador apontou uma série de fatores interligados que, em sua visão, contribuíram para o desempenho abaixo do esperado.
Um dos pontos cruciais mencionados foi o cansaço acumulado. A intensa maratona de jogos no Riyadh Masters 2025, um torneio de alto nível que precedeu o Clavision, parece ter deixado sequelas na equipe. É um lembrete contundente de que, no mundo dos esportes eletrônicos de elite, a gestão de energia e a recuperação mental são tão vitais quanto a habilidade individual.
Adicionalmente, No[o]ne destacou a presença de “desentendimentos” internos e a ausência de um treinador próximo. Em um jogo tão complexo e dinâmico como Dota 2, a coesão da equipe e a capacidade de resolver conflitos rapidamente, muitas vezes mediados por uma figura de autoridade e experiência como o técnico, são fundamentais. A falta de tal suporte pode desestabilizar até os lineups mais talentosos.
A “Voz” do Adversário e a Inevitável Autocrítica
Com um tom que beira a ironia, No[o]ne citou as “questões organizacionais”, incluindo a curiosa situação de oponentes supostamente “lendo” as táticas da PARIVISION, como a ativação de Smoke of Deceit, por meio de gritos. Embora peculiar, o próprio jogador fez questão de desqualificar essa e outras justificativas, afirmando que, no fim das contas, a responsabilidade era da própria equipe.
“Novamente, isso não é desculpa para o nosso mau resultado. No final das contas, tudo se resume ao fato de que jogamos mal e tomamos decisões muito erradas. Mas o foco principal é o The International 2025. Então torçam por nós, assistam. Amo a todos.”
Olhos Fixos no Horizonte: The International 2025
Apesar do revés no Clavision, a mensagem de No[o]ne é clara e esperançosa: o verdadeiro objetivo da PARIVISION permanece sendo o The International 2025, o ápice da temporada competitiva de Dota 2. O torneio chinês, embora doloroso, parece ser visto como um teste de resiliência e uma oportunidade para identificar e corrigir falhas antes do grande desafio.
A sinceridade de No[o]ne reflete a mentalidade de um atleta de ponta: reconhecer as falhas, aprender com elas e, acima de tudo, manter o foco no objetivo final. Para a PARIVISION e seus fãs, o caminho pode ter tido um desvio turbulento no Clavision, mas a rota para o Aegis of Champions continua firmemente no radar. Resta agora aos torcedores acompanhar a evolução da equipe, na esperança de que os desafios recentes se transformem em força para o que está por vir.