A comunidade de Super Smash Bros. Ultimate, mesmo após sete anos do lançamento do aclamado título da Nintendo, continua a nos surpreender. Em uma reviravolta digna de um plot twist em um campeonato de esports, jogadores habilidosos desenterraram uma nova e potencialmente revolucionária técnica para o vilão crocodiliano favorito de todos, King K. Rool. E o melhor? Ela envolve a duplicação de sua icônica coroa sem o sacrifício de uma vida.
A Coroa Reborn: Um Achado que Ninguém Esperava
Até então, os poucos jogadores que se aventuravam a dominar King K. Rool em níveis competitivos conheciam uma versão rudimentar da duplicação da coroa. O problema? Ela exigia que o jogador se auto-destruísse, o que, convenhamos, não é exatamente uma estratégia vencedora em um jogo onde cada “stock” (vida) conta. Era uma “gambiarra” cara demais para ser realmente útil. Mas, como sempre, a perseverança da comunidade de jogos de luta nos agraciou com algo melhor.
A nova “tech”, como é carinhosamente chamada no jargão gamer, permite que King K. Rool conjure uma segunda coroa que permanece ativa durante toda a partida, transformando o que antes era um projétil temporário em uma arma persistente. Pense nisso: duas coroas voando pelo cenário, perturbando a vida do seu oponente. É quase como dar um par de asas de crocodilo ao rei da selva, ou melhor, um segundo projétil que volta. É uma descoberta que reescreve o manual de estratégias para o personagem.
Como o Rei Conseguiu Duplicar seu Tesouro (Sem Sacrifícios)
A execução da técnica é, ironicamente, tão precisa quanto arriscada. Para duplicar a coroa, o jogador precisa arremessá-la estando perigosamente próximo da “blast zone” (a área de fora da tela que causa KO instantâneo) e, em seguida, pegá-la de volta utilizando algum tipo de movimento ascendente. Isso, por si só, já gera uma coroa duplicada. Se o objetivo é poder interagir com ambas as coroas, a que foi pega precisa “despawnar” (desaparecer) após um segundo arremesso, permitindo que a nova se torne um item manipulável.
A magia reside no fato de que essa coroa duplicada se comporta como um item permanente. Mesmo que os oponentes a joguem para fora do estágio, ela reaparecerá, assim como o projétil padrão de K. Rool, desde que o jogador mantenha o espaçamento correto e evite contato direto excessivo. É uma verdadeira dádiva para um personagem que, francamente, precisava de um empurrãozinho para sair do limbo da tier list.
King K. Rool: Do Zé Ninguém ao Candidato a Rei?
Não vamos dourar a pílula: King K. Rool tem uma reputação. Atualmente, ele ocupa a ingrata 78ª posição em uma lista de 82 personagens na tier list de Smash Ultimate, estacionado no fundo do D-tier. Ele é, para muitos, um personagem “meme” ou para “diversão”, não para ser levado a sério em campeonatos de alto nível. Suas fraquezas são notórias, desde sua recuperação previsível até sua grande caixa de colisão.
No entanto, a descoberta desta “tech” pode mudar tudo. O que antes era um vilão bonachão com golpes previsíveis e uma recuperação… bem, questionável, agora ganha uma nova camada estratégica. A coroa extra não só oferece novas possibilidades ofensivas, pressionando os adversários de forma constante, mas também uma recuperação mais segura, com a armadura da coroa protegendo-o de certas interrupções. É uma ferramenta que pode fazer o Rei Crocodilo subir alguns degraus na hierarquia competitiva.
Naturalmente, toda grande vantagem vem com um preço. Tentar duplicar a coroa perto da “blast zone” torna K. Rool vulnerável a ataques de “edge-guarding”, onde os adversários tentam impedir seu retorno ao palco. Contudo, isso abre um novo leque de “mind games”: será que ele vai tentar a duplicação ou apenas fingir para atrair o adversário para um ataque arriscado, punindo-o com um contra-ataque devastador? As possibilidades táticas se expandem dramaticamente.
O Legado de Uma Descoberta Tardia
A reação da comunidade foi imediata, com jogadores profissionais como Juan `Hungrybox` DeBiedma, da Team Liquid, destacando a ironia de tal descoberta ocorrer tantos anos após o lançamento do jogo. Ele brincou sobre a antiga versão da técnica que exigia um sacrifício de vida, mostrando a curiosa evolução do meta de Smash Bros. A surpresa e o carinho por Smash Bros. são evidentes, e a busca por otimização parece nunca ter fim.
Ainda resta saber se a Nintendo intervirá com um patch para “corrigir” essa técnica. Por enquanto, ela permanece funcional, e o mundo de Smash Ultimate está um pouco mais caótico — no bom sentido. Esta descoberta é um testemunho da profundidade duradoura e da paixão incansável da comunidade, que continua a desvendar segredos mesmo em jogos que pensávamos conhecer por completo. É a prova de que, na casa da Nintendo, sempre há espaço para mais uma surpresa.
Quem diria que uma coroa de um crocodilo gordinho poderia causar tanta comoção? Talvez, apenas talvez, o rei K. Rool esteja finalmente pronto para ascender ao seu devido trono no meta de Super Smash Bros. Ultimate. Ou, no mínimo, subir alguns degraus na tier list, para a alegria (e frustração) de muitos.