Simon Cowell, figura carimbada do entretenimento mundial e conhecido por sua franqueza como jurado em reality shows de talentos, provou recentemente que seus gostos e investimentos podem ser tão surpreendentes quanto as audições que ele julga. Longe dos palcos e das mesas de jurados, Cowell foi flagrado em um ambiente inusitado para muitos: uma feira de cartas colecionáveis em Londres, mergulhando de cabeça no efervescente – e caro – universo das cartas Pokémon raras.
O que chamou a atenção não foi apenas a presença do magnata da TV no evento, mas o valor que ele estava disposto a desembolsar. Relatos indicam que Cowell realizou uma aquisição notável: uma carta Rayquaza VMAX Alt Art, classificada com a nota máxima (PSA 10), um verdadeiro item de colecionador de alto padrão. O preço? Algo em torno de US$ 2.700, o equivalente a mais de R$ 13 mil na cotação atual. O vendedor, visivelmente feliz com a transação e a companhia, fez questão de registrar o momento.
Mas a Rayquaza não foi a única criatura de bolso a atrair a atenção de Cowell. Fontes no evento revelaram que o jurado “estava pegando de tudo”, sugerindo um interesse amplo e um investimento considerável em diversas outras cartas raras e de alto valor presentes na feira. Parece que a paixão por Pokémon, que conquistou uma geração inteira nos anos 90, encontrou um novo adepto de peso, com um poder aquisitivo que poucos colecionadores podem igualar.
Essa incursão de Cowell no mercado de colecionáveis de Pokémon não é um fato isolado, mas sintoma de um fenômeno maior. O que começou como um simples jogo de cartas para crianças evoluiu para um mercado global de bilhões de dólares, onde cartas específicas atingem valores astronômicos. A nostalgia, o potencial de investimento e, claro, a raridade, transformaram pedaços de papel ilustrados em verdadeiros ativos. É um cenário onde a paixão por monstrinhos coloridos se mistura com a lógica fria do mercado financeiro.
Vemos casos extremos, como a venda de itens inusitados – como um Cheeto em formato de Charizard que alcançou mais de US$ 70 mil – mostrando o quão aquecido e, por vezes, excêntrico, esse mercado pode ser. E no meio de tudo isso, surge Simon Cowell, o homem que ajudou a descobrir talentos musicais e performáticos, agora descobrindo (e comprando) talentos… de papel e tinta. A ironia é palpável: um dos juízes mais duros do entretenimento mostrando um lado “fofinho” de colecionador, enquanto lida com cifras que fariam muitos artistas talentosos se apresentar por um bom tempo.
A presença de celebridades como Cowell neste universo apenas legitima e joga mais luz sobre o mercado de colecionáveis de Pokémon. Ele não está apenas comprando cartas; está participando de um ecossistema que atrai investidores, entusiastas e, sim, até mesmo personalidades conhecidas globalmente. O mundo de Pokémon, décadas após sua criação, continua a surpreender, unindo gerações e, aparentemente, esferas sociais antes impensáveis, tudo em nome da caça ao monstrinho mais raro (e caro).