Splinter Cell: A Audácia de ‘Arrancar a Espinha Dorsal’ para a Animação da Netflix

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O universo de Tom Clancy`s Splinter Cell está prestes a ganhar uma nova vida na Netflix com a série animada Deathwatch. E se você esperava uma adaptação ultra-fiel, prepare-se para uma surpresa. O showrunner Derek Kolstad, mente por trás do sucesso de John Wick, tem uma filosofia um tanto quanto… singular para a adaptação: é preciso “arrancar a espinha dorsal do material original”. Uma abordagem ousada que promete agitar tanto os fãs mais fervorosos quanto os novatos.

A Arte de Reiventar um Ícone sem Perder a Essência

Em entrevista recente, Kolstad detalhou sua visão. Para ele, a fidelidade cega é uma armadilha. A essência do que faz Splinter Cell ser Splinter Cell — o cérebro, o coração, a alma do espião Sam Fisher — deve ser preservada, mas a estrutura narrativa, o “esqueleto”, pode e deve ser refeito para funcionar em um novo meio. É uma espécie de transplante de órgão: manter o que é vital, mas dar um corpo novo e funcional. Não é uma tarefa fácil, especialmente com uma base de fãs que guarda com carinho cada detalhe dos jogos origens.

“Você tem que arrancar a espinha dorsal do material original. Mantenha o cérebro e o coração, entretenha a alma e faça o seu melhor para realmente transformá-lo em algo que funcione.”

— Derek Kolstad, showrunner de Splinter Cell: Deathwatch

Essa abordagem permite que a série Deathwatch se posicione décadas após os eventos dos jogos originais. Sobre o status canônico, Kolstad admite incerteza, mas sugere que a Ubisoft, com seu controle rigoroso sobre a IP, pode ter “outros planos” em mente. E, convenhamos, “outros planos” no universo de Splinter Cell pode ser um aceno para o tão aguardado remake do jogo original, que foi anunciado em 2022 mas tem sido envolto em mistério desde então.

Uma Nova Voz para Sam Fisher: O Dilema de Michael Ironside

Outro ponto que certamente gerou burburinho é a ausência de Michael Ironside, a voz icônica de Sam Fisher nos jogos, na série animada. Kolstad expressou seu amor pela performance de Ironside, mas a equipe optou por um “novo som”. E o escolhido para a missão é Liev Schreiber.

A escolha de Schreiber não foi aleatória. Kolstad confessou ter adorado a performance do ator como John Clark no filme A Soma de Todos os Medos (2002), baseado em um livro de Tom Clancy. Para Kolstad, a conexão entre os personagens de Clancy é inegável, e Schreiber traz uma intensidade e gravidade que se encaixam perfeitamente na persona de Sam Fisher. É quase uma ironia: um personagem de Clancy dando vida a outro personagem de Clancy. Mas e os fãs de Ironside? Bem, toda adaptação de um ícone traz consigo a difícil tarefa de inovar sem alienar, um equilíbrio tênue que Deathwatch buscará alcançar.


(Vídeo meramente ilustrativo para demonstração do iframe. Um trailer oficial da série seria inserido aqui.)

O Futuro de Splinter Cell: Entre Animação e Remakes

A série animada Deathwatch tem sua estreia marcada para 14 de outubro na Netflix. Um lembrete importante para os fãs que esperam ansiosamente por novas aventuras de Sam Fisher, mesmo que em um formato diferente.

Enquanto a série prepara sua chegada, o cenário dos jogos permanece um tanto nebuloso. O remake de Splinter Cell, anunciado em 2022, segue em desenvolvimento com poucas atualizações. Recentemente, a Ubisoft adicionou conquistas Steam a Splinter Cell: Blacklist (lançado em 2013), um pequeno aceno que, para os mais esperançosos, pode sinalizar que a franquia dos games ainda vive e respira, aguardando seu momento no palco principal.

Conclusão: Um Salto de Fé para a Escuridão Digital

A série animada Splinter Cell: Deathwatch se posiciona como um marco potencialmente divisivo e empolgante para a franquia. A audácia de Derek Kolstad em reinterpretar o material original, a escolha de Liev Schreiber e a promessa de um Sam Fisher reimaginado, tudo isso aponta para uma experiência que busca tanto honrar o passado quanto forjar um futuro próprio. Resta saber se essa “cirurgia” na espinha dorsal de Splinter Cell será um sucesso, ou se os fãs sentirão falta do “esqueleto” original. De qualquer forma, a data de 14 de outubro está marcada no calendário para descobrir se Sam Fisher ainda consegue operar nas sombras, agora em alta definição animada.

Lucas Meireles

Lucas Meireles, 26 anos, atua como jornalista especializado em eSports no Recife. Focado principalmente na cobertura de Free Fire e Mobile Legends, ele se destaca por suas análises táticas e entrevistas com jogadores emergentes. Começou sua carreira em um blog pessoal e hoje é reconhecido por sua cobertura detalhada de torneios mobile.

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