Subnautica 2 Afunda em Controvérsia: Atraso, Bônus e Uma Guerra Fria na Produção

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O aguardado Subnautica 2, sequência do aclamado jogo de sobrevivência submarina, está no olho do furacão, e não por causa de leviathans. A atmosfera tranquila dos oceanos alienígenas deu lugar a um turbilhão de controvérsias envolvendo a data de lançamento, um bônus milionário e uma troca de acusações pesadas entre a publisher Krafton e a antiga equipe de liderança da desenvolvedora Unknown Worlds.

Originalmente, havia uma expectativa de que Subnautica 2 chegasse em Acesso Antecipado ainda em 2024. No entanto, a Krafton anunciou um adiamento significativo, empurrando o lançamento para 2026 no Xbox Series X|S e PC. Essa mudança no cronograma, por si só frustrante para os fãs ansiosos, ganhou contornos dramáticos quando rumores e reportagens vincularam o atraso a um vultoso bônus de US$ 250 milhões prometido à equipe da Unknown Worlds, condicionado ao cumprimento de metas financeiras em 2025.

A reação da comunidade não demorou. Muitos fãs viram o adiamento como uma manobra cínica da Krafton para evitar pagar o bônus aos desenvolvedores. Um post que viralizou no Reddit, antes de ser removido, acusava a publisher de “escanear” os desenvolvedores e incitava um boicote ao jogo. A revolta se espalhou rapidamente, transformando a expectativa pelo jogo em um movimento de protesto.

Diante da repercussão negativa, a Krafton decidiu contra-atacar com uma declaração pública que poderia ser descrita como uma “terra arrasada”. A publisher não apenas justificou o atraso, mas também culpou abertamente a antiga liderança da Unknown Worlds pela situação. Segundo a Krafton, a mudança de comando foi “inevitável” e motivada por “abandono do projeto”.

A Krafton alega que os ex-executivos, incluindo o cofundador Charlie Cleveland, “abandonaram as responsabilidades confiadas a eles”, apesar de 90% do bônus de US$ 250 milhões estar atrelado ao seu envolvimento ativo no desenvolvimento de Subnautica 2. A publisher citou nominalmente Charlie Cleveland, afirmando que ele se recusou a retomar seu papel de Diretor de Jogo e optou por focar em um projeto de filme pessoal em vez de se dedicar a Subnautica 2. A Krafton chegou a declarar que a ausência dessa liderança crucial gerou confusão de direção e atrasos, e que a versão de Acesso Antecipado apresentada “fica aquém em termos de volume de conteúdo”. A sensação expressa pela publisher foi de “profunda decepção” e “traição” pela falha da antiga liderança em honrar a confiança dos fãs.

Quanto ao bônus, a Krafton reafirmou o compromisso de “prover as recompensas que foram prometidas” à equipe *atual* que continua desenvolvendo o jogo, embora os detalhes sobre como essa “compensação justa e equitativa” será estruturada permaneçam vagos.

Do outro lado do ringue, Charlie Cleveland não ficou calado. Ele negou veementemente ter abandonado o projeto, declarando que o jogo estava, sim, pronto para o Acesso Antecipado na visão da equipe, e que a decisão do adiamento foi da Krafton. Ele defendeu a dedicação do time e a sua própria ligação com Subnautica, que chamou de “o trabalho da minha vida”.

Cleveland também rebateu a ideia de que ele e os outros executivos quisessem reter o bônus para si. Ele enfatizou o histórico da Unknown Worlds em compartilhar lucros com a equipe e garantiu que a intenção era compartilhar o bônus de US$ 250 milhões também, pois os desenvolvedores “merecem por todo o seu trabalho incrível”. Para complicar ainda mais o cenário, Cleveland revelou ter entrado com um processo contra a Krafton, prometendo que os detalhes virão a público.

Assim, o que deveria ser a empolgação pelo próximo capítulo de Subnautica se transformou em uma saga corporativa e legal complexa. Fãs insatisfeitos, uma publisher que acusa a antiga liderança de abandono, e ex-líderes que se defendem e processam a publisher. O futuro de Subnautica 2, e de quem receberá o prometido bônus, parece tão incerto quanto as profundezas inexploradas do seu mundo alienígena.

Lucas Meireles

Lucas Meireles, 26 anos, atua como jornalista especializado em eSports no Recife. Focado principalmente na cobertura de Free Fire e Mobile Legends, ele se destaca por suas análises táticas e entrevistas com jogadores emergentes. Começou sua carreira em um blog pessoal e hoje é reconhecido por sua cobertura detalhada de torneios mobile.

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