Turok: Origins – O Rugido dos Dinossauros Retorna em uma Aventura Cooperativa Brutal

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A nostalgia por jogos clássicos tem se mostrado uma força poderosa na indústria, e poucas franquias evocam um sentimento tão primal quanto Turok. Sinônimo de caça a dinossauros com armamento pesado desde os gloriosos dias do N64, o nome Turok retorna, e com ele, uma nova proposta que promete sacudir o pó de um fóssil que muitos consideravam perdido para sempre. Prepare-se, pois Turok: Origins está chegando, e as primeiras impressões da Gamescom 2025 sugerem que este renascimento é tudo, menos pré-histórico.

O Legado de um Caçador e a Nova Visão da Saber Interactive

Para quem acompanhou a saga desde suas raízes nos quadrinhos dos anos 50, até a aclamada revitalização da Valiant Comics nos anos 90 que deu origem aos jogos, Turok sempre significou uma coisa: um caçador implacável contra criaturas colossais. Após um hiato de 17 anos desde o seu reboot em 2008 – que, apesar de não ter sido um fracasso comercial, não gerou uma sequência –, a Saber Interactive, com sua equipe de Madri, assume a responsabilidade de acender novamente a chama de Turok. E a abordagem é, no mínimo, curiosa: um jogo cooperativo em terceira pessoa, que inicialmente gerou certa apreensão. Mas, como veremos, a flexibilidade é a chave.

Trailer de Turok: Origins, mostrando a intensidade da caça.

Primeiras Impressões: Flexibilidade e Dinamismo na Ponta dos Dedos

A boa notícia, vinda diretamente das mãos de quem pôde testar o jogo na Gamescom 2025, é que Turok: Origins pode ser desfrutado tanto em primeira quanto em terceira pessoa. E não é apenas um “toggle” simples; os desenvolvedores confirmaram que os pipelines são distintos, garantindo que ambas as experiências sejam otimizadas. Correr e deslizar em primeira pessoa, ou rolar e desviar em terceira – a escolha é sua, e a transição é fluida. Para os puristas, a promessa de um modo solo sem aliados de IA também está de pé, mantendo a essência da experiência original.

Mas, sejamos francos: o que realmente queremos de um jogo Turok? A resposta é unânime e cristalina: matar dinossauros com armas grandes. E Turok: Origins entrega isso com uma generosidade quase irônica, sem poupar na brutalidade e na satisfação.

Turok: Origins gameplay screenshot
Confronto com as terríveis Xenia em Turok: Origins. Preparado para o combate?

Xenia: Não Chame de Dinossauros Comuns

Ah, os dinossauros. Ou melhor, as Xenia. Embora majoritariamente compostas por lagartos quadrúpedes que nos são familiarmente perigosos, a narrativa de Turok: Origins, que se aprofunda na linha do tempo anterior ao jogo original, permite à Saber Interactive inovar. O termo “Turok” aqui refere-se a uma tribo de caçadores, inspirada em culturas indígenas norte-americanas, não a um único personagem. Essa licença criativa abre portas para inimigos mais diversos, incluindo reptilianos humanoides e até mesmo uma criatura que lembra um troll coberto de escamas. A variedade promete manter os jogadores sempre alertas, sem cair na mesmice.

A primeira missão de demonstração, ambientada em uma selva de aspecto pré-histórico, não perdeu tempo em nos lançar contra ondas de raptores. Despachá-los, independentemente da perspectiva, foi, segundo o feedback, um deleite absoluto. O caos e a ação frenética são a alma do jogo.

Caçadores com Espírito Animal: As Classes e Suas Habilidades

Como era de se esperar de um jogo focado em equipe, Turok: Origins apresenta um sistema de classes, cada uma inspirada em diferentes animais espirituais: Corvo (Raven), Puma (Cougar) e Bisão (Bison). Cada classe define um arsenal e um conjunto de habilidades únicas, que podem ser trocadas antes de cada missão. Essa versatilidade é crucial para a estratégia da equipe.

  • Corvo (Raven): Focado em longo alcance, perfeito para headshots precisos com o arco. Suas habilidades incluem um grito de guerra que elimina inimigos fracos, um enxame de vespas teleguiadas e uma barreira protetora contra projéteis.
  • Puma (Cougar): Um atirador automático de médio alcance, ideal para quem gosta de manter a pressão constante. Seu ultimate concede um arco poderoso com flechas infinitas, transformando-o em uma máquina de abate.
  • Bisão (Bison): O “tanque” da equipe, armado com uma escopeta para combate de curta distância. Forte, robusto e pronto para absorver e distribuir dano pesado.

As habilidades baseadas em cooldown e um “ultimate” por classe trazem uma camada de estratégia tática ao combate frenético, um toque de modernidade bem-vindo em meio à barbárie jurássica.

Turok: Origins character selection and combat
Cada classe em Turok: Origins oferece um estilo de jogo distinto e habilidades poderosas.

Combate Visceral, Finishes Cinematográficos e Plataforma

O combate corpo a corpo também é uma opção, e mesmo em primeira pessoa, a câmera recua para uma visão em terceira para as finalizações brutais e cinematográficas. Quando um Xenia está enfraquecido e brilhando em amarelo, o comando para desmembrá-lo com as próprias mãos do seu caçador aparece. Uma pena que, em modo cooperativo, nem sempre seus colegas de equipe colaboram, roubando sua glória de vez em quando. É a ironia do trabalho em equipe: a presa é de todos, mas o abate final, ah, esse é pessoal.

Além da ação de combate, o demo também mostrou elementos de plataforma e travessia, como o uso de um gancho para escalar paredes ou alcançar terrenos mais altos. Essa é outra característica marcante dos Turok originais que encontra seu lugar aqui, adicionando profundidade à exploração do ambiente.

O Veredito Inicial: Um Fóssil que Ganha Nova Vida

Apesar de uma experiência de 30 minutos cuidadosamente curada e linear para a Gamescom, com caminhos opcionais deliberadamente bloqueados, Turok: Origins conseguiu converter os céticos. A luta final contra um gigantesco Tricerátopo em uma arena trouxe reminiscências de Monster Hunter, mostrando o potencial para batalhas épicas. A Saber Interactive Espanha parece ter acertado em cheio, trazendo uma franquia que muitos consideravam um fóssil de volta à vida com uma energia renovada.

Turok: Origins está programado para ser lançado em breve no PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S. Se você estava esperando por um jogo que combine a nostalgia dos clássicos com mecânicas modernas, ação cooperativa intensa e, acima de tudo, a pura e simples alegria de abater dinossauros com armas exageradas, seu momento chegou. O rugido pré-histórico está mais alto do que nunca.

Lucas Meireles

Lucas Meireles, 26 anos, atua como jornalista especializado em eSports no Recife. Focado principalmente na cobertura de Free Fire e Mobile Legends, ele se destaca por suas análises táticas e entrevistas com jogadores emergentes. Começou sua carreira em um blog pessoal e hoje é reconhecido por sua cobertura detalhada de torneios mobile.

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