Há quase uma década, o público foi introduzido a Kaulder, um guerreiro imortal e o último caçador de bruxas, interpretado com a habitual gravidade por Vin Diesel. O filme, lançado em 2015, prometia uma nova franquia de ação e fantasia, mas depois de uma recepção morna e um desempenho de bilheteria apenas razoável, a ideia de uma continuação parecia ter sido sepultada ao lado de bruxas malvadas. No entanto, em um movimento que pegou muitos de surpresa, a Lionsgate e a One Race Films de Vin Diesel anunciaram oficialmente que a sequência de “O Último Caçador de Bruxas” está em pleno desenvolvimento.
Sim, você leu certo. O filme que dividiu opiniões e que, para alguns, foi apenas mais um item na vasta filmografia de Diesel, está ganhando uma segunda chance. A notícia, que ecoou pelos corredores de Hollywood, indica que a dupla de estúdios não apenas pretende dar continuidade à saga, mas também está mirando um início de filmagens relativamente breve. E, para a alegria dos fãs do personagem, Vin Diesel está confirmado para reprisar seu papel como o taciturno e milenar Kaulder.
Um Olhar Retrospectivo: A Primeira Caçada
O filme original nos apresentou a um mundo onde bruxas e feitiçaria eram uma ameaça real, e Kaulder, amaldiçoado com a imortalidade, era o único capaz de contê-las. Com um orçamento de cerca de 90 milhões de dólares, a produção arrecadou pouco mais de 146 milhões globalmente. Numericamente, isso indica um lucro modesto, mas suficiente para não ser um desastre total, afinal, o custo de marketing também entra na conta. Quanto à crítica, os números eram um pouco menos generosos: 5.9 de 10 no IMDb e 6.2 de 10 no “Kinopoisk”, deixando claro que a obra não seria um clássico instantâneo. Para muitos, a trama de um caçador de bruxas imortal soava como um prato cheio de potencial, mas a execução… bem, a execução foi, digamos, suficiente para entreter sem deslumbrar.
O Retorno: Por Que Agora?
A decisão de investir em uma sequência agora, oito anos depois, levanta algumas sobrancelhas. Seria um projeto de paixão para Vin Diesel, que notoriamente se apega a suas franquias (como Velozes e Furiosos, Riddick, e xXx)? Ou a Lionsgate percebeu um valor adormecido no catálogo, talvez impulsionado por um desempenho sólido em plataformas de streaming e home video ao longo dos anos? Afinal, há filmes que, com o tempo, conquistam seu público fiel, mesmo que não tenham sido sucessos estrondosos no cinema. Quem sabe “O Último Caçador de Bruxas” tenha se tornado um desses “guilty pleasures” para uma parcela do público que ansiava por mais histórias de combate à magia negra.
Um detalhe que pode animar ainda mais os entusiastas é a expectativa de que o personagem de Michael Caine possa retornar. Caine interpretou Dolan 36º, o padre e confidente de Kaulder, trazendo uma dose de sagacidade e humanidade à narrativa. Sua presença na sequência certamente adicionaria uma camada de profundidade e ares de familiaridade que os fãs da primeira aventura apreciariam, além de um toque de classe que apenas um ator de seu calibre pode oferecer.
Próximos Passos e Expectativas
Resta saber qual será a nova ameaça que Kaulder terá que enfrentar. A primeira trama envolveu a ressurreição da Rainha das Bruxas, e embora essa batalha tenha tido um desfecho, o universo da feitiçaria é vasto e repleto de perigos. Será que teremos um aprofundamento na mitologia, ou uma nova facção de bruxas surgindo das sombras para perturbar a paz frágil que Kaulder tanto se esforça para manter? A promessa de um início de filmagens “rápido” sugere que os roteiros já estão em estágio avançado, o que alimenta a curiosidade sobre as direções criativas da continuação.
Ainda é cedo para prever o sucesso da nova empreitada, mas a aposta é clara: Vin Diesel e as produtoras acreditam que há mais histórias para contar neste mundo sombrio e mágico. Para aqueles que achavam que o machado de Kaulder estava permanentemente aposentado, preparem-se: parece que o último caçador de bruxas ainda tem algumas caças pela frente. E talvez, desta vez, ele consiga conquistar um público ainda maior. Ou, no mínimo, oferecer mais um capítulo para o prazer (ou a curiosidade, que também é um bom motivo) dos que se arriscaram na primeira jornada.
